Orçamento é “chapa ganha, chapa distribuída e chapa poupa o que é necessário”
O primeiro-ministro, António Costa, assegurou este sábado que o Orçamento do Estado (OE) para 2018 não é “chapa ganha, chapa gasta”, mas antes “chapa ganha, chapa distribuída e chapa poupa o que é necessário, para continuar a distribuir amanhã”.
Numa sessão organizada pela Federação Distrital do PS/Porto, que visava esclarecer dúvidas sobre o OE para 2018, cujo debate na generalidade no parlamento terminou nesta sexta-feira, António Costa vincou: “Outro argumento que tem sido muito empregue para criticar o OE é dizer que não olha para o futuro, que é ‘chapa ganha, chapa gasta’. Mas temos uma medida que mostra a falsidade da acusação: a diversificação das fontes de financiamento da Segurança Social. Portanto, este OE não é chapa ganha, chapa gasta. É chapa ganha, chapa distribuída e chapa poupa o que é necessário para continuar a distribuir amanhã”
O primeiro-ministro sublinhou que “os pensionistas têm direito a receber” as suas pensões, mas lembrou que é necessário “precaver o futuro da Segurança Social” (SS) de forma a garantir não só as pensões de hoje, mas as que serão necessárias daqui a 20, 30 ou 40 anos”.
Posto isto, Costa defendeu que o objetivo é o de “consolidar a receita existente como receita da Segurança Social. Poupar o que temos hoje para gastar daqui a 20 ou 30 anos”.
“Este é um OE que olha para o futuro. Se não olhasse para o futuro, não estávamos a reduzir o défice, não estávamos a reduzir a divida, não estávamos preocupados em reforçar a SS, não estávamos a investir na cultura, na ciência e na educação. Não era, sobretudo, um OE focado nas novas gerações”, referiu António Costa.
O primeiro-ministro fez questão de enaltecer que este é um orçamento virado para o futuro, já que “dá prioridade ao aumento abono família, das creches, ao combate ao abandono escolar, à redução de número de alunos por turma e que aumenta pelo segundo ano o número de alunos no ensino superior, ao permitir dedução no IRS das casas alugadas por alunos deslocados”.
António Costa notou ainda que este OE abrange “novas medidas de combate ao desemprego juvenil” e que o panorama nacional “não se resolve com proclamações, mas com resoluções”.
