O mais famoso vestido da internet é mesmo azul e preto. Quem defendeu que era branco e dourado pode ter problemas de daltonismo, avisa oftalmologista Ricardo Guimarães. “As cores são sempre relativas”, mas podem apontar para problemas nas células fotorreceptoras coloridas.

Anote o ‘palavrão’: fotorreceptoras. São as células fotorreceptoras coloridas que possuem a resposta para o grande mistério da Humanidade, pelo menos durante os últimos dias: o vestido azul e preto que, para muitos, era branco e dourado.

A discussão sobre o vestido mais famoso da internet tornou-se tão intensa que vários especialistas foram consultados para dar a “explicação científica” para o problema. E, sim, o vestido é azul e preto.

Ricardo Guimarães, diretor-presidente do Hospital de Olhos de Minas Gerais, no Brasil, explicou que “as cores são sempre relativas”, mas realçou que a discussão sobre a verdadeira cor do polémico vestido pode ser um primeiro diagnóstico de problemas associados ao daltonismo.

Atenção: isto não significa que quem vê um vestido branco e dourado seja daltónico. Pode ser um sinal de alerta, mas pode ser apenas uma interpretação do cérebro para “as variações” das cores básicas assimiladas pelos olhos.

“Essas variações podem chegar a até 16 vezes, fazendo com que o vermelho que uma pessoa vê seja diferente do que eu vejo”, salientou o oftalmologista.

Ricardo Guimarães lembrou ainda que “toda a cor muda de tom quando está perto de outra cor, porque o cérebro muda a forma como percebe as cores dependendo de quais outras estão próximas a ela”. No caso do vestido, é a luz brilhante do lado que induz alguns cérebros a pensar que o vestido é branco e dourado. Mas, acredite: o vestido é azul e preto.

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