Com 17 pastas, o Governo de António Costa só é superado, em número, pelo de Santana Lopes, que à época chamou 18 ministros. Ao nível da paridade, o próximo executivo destaca-se por ter mais mulheres, quatro como ministras e 16 secretárias de Estado.

Quando António Costa tomar posse, amanhã, vai liderar o segundo maior Governo, em número de pastas, desde 1976.

Desde então que os executivos têm seguido a média de 16 Ministérios. O próximo, para além do líder do PS como primeiro-ministro, terá 17 ministros.

Só o Governo de Santana Lopes (PSD/CDS) teve mais pastas: foram um primeiro-ministro e 18 ministros.

Mas o então líder do PSD perde para António Costa no número de mulheres no executivo.

Santana Lopes chamou três ministras (Maria do Carmo Seabra na Educação, Maria da Graça Carvalho ma Ciência, Inovação e Ensino Superior e Maria João Bustorff na Cultura), enquanto amanhã tomam posse quatro: Maria Manuel Leitão Marques (Presidência e Modernização Administrativa), Constança Urbano de Sousa (Administração Interna), Francisca Van Dunem (Justiça) e Ana Paula Vitorino (Mar).

Com um total de 18 ministros, António Costa iguala os números do segundo executivo de António Guterres e do Governo de Durão Barroso, ambos com 18 pastas atribuídas.

Já o primeiro-ministro que amanhã deixa de o ser, Passos Coelho, foi o autor do Governo mais pequeno da III República.

O executivo da anterior legislatura, que tomou posse a 21 de junho, foi composto por apenas 12 ministros, incluindo Passos Coelho como primeiro-ministro.

As remodelações que foram feitas ao longo do mandato levaram a que o Governo anterior (não o que amanhã termina funções) acabasse com 15 pastas.

Para encontrar mais executivos pequenos é preciso recuar até aos anos 80, com os Governos de Francisco Sá Carneiro (1980) e de Cavaco Silva (o primeiro, de 1985): ambos eram constituídos por 14 elementos, primeiro-ministro incluído.

Desde Maria de Lurdes Pintasilgo, a primeira e única mulher a governar Portugal (1979), a equipa com maior número de membros femininos foi a escolhida no segundo mandato de José Sócrates, entre 2009 e 2011.

O então líder socialista chamou 16 ministros, dos quais cinco eram mulheres: Ana Jorge (Saúde), Helena André (Trabalho e Solidariedade Social), Isabel Alçada (Educação), Dulce Pássaro (Ambiente e Ordenamento do Território) e Gabriela Canavilhas (Cultura).

Já o I Governo Constitucional, de Mário Soares (1976), só tinha homens nas 16 pastas.

Amanhã, termina funções o executivo que menos tempo exerceu… funções. O segundo Governo de Passos Coelho liderou Portugal por apenas 28 dias, tirando o ‘recorde’ a Vasco Gonçalves (1975) e Nobre da Costa (1978), que haviam governando por mês e meio e três meses.