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O menino sírio que não chegou ao Canadá envergonha a Humanidade

Aylan Kurdi

É quase impossível que ainda não tenha visto a foto do dia. Aylan Kurdi, o menino sírio de 3 anos cujo corpo deu à costa numa praia da Turquia, nem sequer queria ficar na Europa, o destino era o Canadá. Saiba mais sobre a história que se tornou no resumo da crise dos refugiados.

Se só agora ligou o computador fique a conhecer a história de Aylan Kurdi, o menino de 3 anos que se afogou no mar Egeu quando tentava fugir da Síria, rumo ao Canadá, e cujo corpo deu à costa numa praia da Turquia.

O cadáver da criança a jazer na areia envergonhou a Humanidade, com praticamente todos os grandes jornais europeus a fazerem manchete com a fotografia, espelho de uma Europa a enfrentar uma crise que, em determinados pormenores, se assemelha em demasiado aos tempos da Alemanha nazi.

Mas quem era Aylan Kurdi, que teve de morrer, com apenas 3 anos, para obrigar o mundo a redefinir o conceito de Humanidade? Era o filho mais novo de Abdullah Kurdi, o único sobrevivente de mais um naufrágio: o irmão Galip, de 5 anos, e a mãe, Rehan, também foram ‘inscrito’ pelo mar Egeu.

Dos EUA surgem mais detalhes sobre este drama familiar. Os Kurdi, relataram alguns parentes norte-americanos, estavam a tentar chegar à Europa para seguirem até ao Canadá, um país com uma longa história de bom acolhimento a refugiados. Porém, relatam os familiares norte-americanos, as autoridades canadianas terão recusado a entrada da família Kurdi.

Fin Donnelly, deputado do Novo Partido Democrático (social-democrata), chamou a imprensa para acusar o ministro da Imigração, Chris Alexander (conservador), de nunca ter dado sequer uma resposta à carta que entregara, em março, a informar de que a família dos Kurdi estava pronta para acolher os parentes sírios.

Esse patrocínio seria assegurado por Fatima Kurdi, irmã de Abdullah Kurdi, que vive na província canadiana da Colúmbia Britânica.

O The National Post acrescentou que o pedido de refúgio foi rejeitado pelas autoridades em junho deste ano, motivando a crítica e o repúdio das Nações Unidas e das organizações de defesa dos Direitos Humanos.

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