Economia

Novo Banco pode custar mais dinheiro ao erário público

O Governo poderá ser obrigado a injetar mais dinheiro no Fundo de Resolução do BES para que, desse modo, possa recapitalizar o Novo Banco. O cenário foi avançado, nesta quarta-feira, pelo secretário de Estado adjunto das Finanças. “Existe essa possibilidade, sim, não vale a pena tentar esconder”, disse Mourinho Félix.

Como ficou acordado aquando da venda do ex-BES à Lone Star, o Estado pode ter de colocar mais dinheiro no Fundo de Resolução do antigo banco da família Espírito Santo.

Este cenário foi antecipado pelo Governo “caso o Fundo de Resolução seja chamado [a recapitalizar o Novo Banco], caso não tenha meios financeiros para o fazer, então pode pedir emprestado ao Estado os fundos necessários para satisfazer esses compromissos”.

“Existe essa possibilidade, sim, não vale a pena tentar esconder. A partir daqui o que se faz é o Estado fazer um empréstimo ao Fundo de Resolução”, admitiu Mourinho Félix.

“Há um risco em toda esta operação”, avisa Centeno

O ministro das Finanças falou também sobre esta questão.

“É importante que o Fundo de Resolução esteja ciente da necessidade de gerir esse risco e é importante que estejamos todos avisados de que há um risco em toda esta operação. Mas não nasce em outubro de 2017 nem em janeiro de 2017: nasce a 3 de agosto de 2014.”

Após a derrocada do BES surgiu o Novo Banco em agosto de 2014, instituição bancária que foi vendida à Lone Star em outubro do ano passado.

No acordo assinado entre as partes ficou decidido que o Estado poderia ser chamado a ajudar financeiramente o Novo Banco por via do Fundo de Resolução (tem 25 por cento do banco).

Para tentar capitalizar o Novo Banco, o erário público já injetou cerca de 3,9 mil milhões de euros.

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