A capital da China, o país com mais multimilionários, é também a cidade que mais concentra os donos das maiores fortunas. Pequim ultrapassou Nova Iorque com 100 habitantes com uma riqueza superior aos mil milhões de dólares, enquanto a ‘grande maçã’ tem ‘apenas’ 95.

Esta ultrapassagem só foi possível graças ao brutal crescimento da China, o país onde se encontram 90 de cada 99 novos multimilionários.

Rupert Hoogewerf, o contabilista britânico que fundou a consultora Hurun Report Inc, explica que este ‘baby boom’ de multimilionários chineses se deve aos “lucros obtidos por novas empresas no mercado de capitais”.

A segunda maior economia do mundo, que por ironia política é gerida por um partido comunista, é a casa de 90 de cada 99 novos multimilionários surgidos globalmente, que vivem na China continental ou em Hong Kong, Macau e Taiwan.

Sim, Taiwan: apesar de ser um estado independente, a China considera que se trata de uma província, daí que neste estudo surja como tal.

Nas contas da Hurun Report Inc, que para muitos é uma versão oriental da Forbes (a revista que publica a famosa lista dos super ricos), há pelo menos 100 pessoas com uma fortuna acima dos mil milhões de dólares em Pequim, enquanto em Nova Iorque (EUA) há ‘apenas’ 95 multimilionários com património semelhante.

Xangai, Hangzhou e Shenzhen também aparecem no top 10 das cidades com mais ‘ricaços’.

Convém lembrar que se trata da mesma China que, de acordo com um alerta do Banco Mundial, é a pátria de 200 milhões de pessoas que a viverem na pobreza.

Mesmo com a economia a arrefecer, a China já superou os EUA como a pátria do maior número de multimilionários: 568 contra os 535, nas contas da consultora.

Isto significa, em termos gerais, que quase metade dos 2188 donos das maiores fortunas mundiais é natural de apenas dois países, ou das duas maiores economias mundiais.