Economia

NOS ‘salva’ o ex-presidente da CGD, António Domingues, do desemprego

A direita ‘não larga’ António Domingues, mas o ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos já tem um novo emprego: a NOS chamou-o para integrar, como vogal, o conselho de administração.

Aquele que terá sido um dos nomes mais pronunciados em Portugal no final do ano passado vai trabalhar na operadora “até ao termo do mandato em curso” da atual administração, ou seja, até 2018.

A contratação foi comunicada pela NOS, ontem, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

António Domingues tornou-se mediático quando recusou, na qualidade de gestor público, apresentar as declarações de rendimento e de património ao Tribunal Constitucional.

Nomeado presidente da CGD em agosto, o gestor terá feito um acordo com o ministro das Finanças, Mário Centeno, para não ter de apresentar essas declarações, acusa a direita.

Porém, o Tribunal Constitucional insistiu que António Domingues teria mesmo de apresentar as declarações e este bateu com a porta, saindo do banco público em novembro do ano passado.

De acordo com a NOS, o novo vogal vai ser submetido a ratificação em assembleia geral de acionistas, ainda por agendar.

António Domingues, que antes da CGD tinha estado ligado ao BPI, vai trabalhar ao lado de outros não executivos da NOS, como António Lobo Xavier, o conselheiro de Estado que assumiu ter mostrado algumas SMS (trocadas entre Domingues e Centeno) ao Presidente da República.

No final do mês passado, PSD e CDS anunciaram uma nova comissão parlamentar de inquérito, querendo saber o conteúdo das mensagens trocadas entre aquele que seria o presidente da CGD e o ministro das Finanças que o convidou.

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