O sismo que destruiu o Nepal ocorreu há mais de uma semana, mas ainda agora são encontrados sobreviventes. Numa aldeia próxima à capital, um homem de 101 anos foi encontrado com apenas ferimentos ligeiros. No mesmo local foram ainda encontradas três mulheres.

No Nepal, ainda a tentar reerguer-se do brutal terramoto que ocorreu há pouco mais de uma semana, continuam a ocorrer milagres.

Apesar do tempo que passou, há pessoas que sobreviveram ao sismo e que, devido aos problemas de acesso por parte dos socorristas, só agora estão a ser encontradas.

Os casos mais ocorrentes ocorreram em aldeias próxima a Katmandu, a capital do Nepal, mas que se encontram nas regiões de Sindhupalchok e Nuwakot, onde o mau tempo e a inexistência de acessos (as estradas ruíram com os deslizamentos de terras) fizeram tardar o socorro, só possível através de helicóptero.

Numa dessas aldeias, a cerca de 80 quilómetros da capital, vive um homem com 101 anos de idade, resgatado com apenas ferimentos ligeiros.

De acordo com Arun Kumar Singh, o responsável pela polícia de Nuwakot, Funchu Tamang “foi levado para o hospital distrital de helicóptero” em situação “estável”.

“Tem ferimentos no tornozelo esquerdo e numa das mãos, mas está junto da sua família”, complementou a fonte policial, citada pela AFP.

Em Sindhupalchok foram resgatadas três mulheres: uma estava parcialmente soterradas e as outras duas tiveram de ser resgatadas de debaixo dos escombros das casas onde viviam.

São apenas quatro casos que atenuam o desespero e o caos em que mergulhou o país. O número de mortos não para de crescer – já passam dos 7000 – e as autoridades já alertam para um balanço entre os 10.000 e os 15.000 mortos.

Gaurav Rana, o general que coordena as operações de socorro, explicou que “o tempo é o principal inimigo”, embora “a falta de recursos” também preocupe as autoridades nepalesas.

De acordo com a AFP, as equipas de socorro só agora estão a chegar às áreas onde o sismo mais destruiu os acessos.