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No jantar do Clube dos Pensadores respira-se cidadania e liberdade

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Realizou-se este sábado o habitual jantar de amigos do Clube dos Pensadores com a presença de mais trinta amigos e amigas. Esteve presente Jorge Queiroz, antigo vice de Luís Filipe Menezes na Câmara de Gaia, Paula Carqueja presidente da Associação Nacional de Professores, o Procurador Francisco Cachapuz, entre outros. Toda a gente pagou do seu bolso o seu jantar e não há lugares em listas para oferecer, assim como cargos.

Mas há algo que é admirável: boa disposição, franqueza, luta pela cidadania, ninguém está à procura de nada, a não ser, convívio, troca de ideias e pelo Clube.

No início do jantar no Hotel, Holiday Inn tocou uma música de Burt Bacharach, ‘That’s What Friends Are For’ (É para isso que os amigos servem), em homenagem aos Amigos do Clube presentes ou ausentes. Foram lidas missivas de Mercês Ferreira, vereadora da CM Gaia, Mário Russo, professor do IPV e destacado membro Clube e Narciso Miranda.

Num ambiente informal, livre e muito participativo. O formato deste jantar é sui generis, pois quem quer tem direito ao uso da palavra, por outro lado Joaquim Jorge não faz nenhum discurso. Pelo contrário procura ouvir atentamente a opinião dos presentes e só intervém no estritamente necessário para algum esclarecimento. A maioria dos presentes usou da palavra analisando o CdP e propondo ideias para o futuro do Clube. Como sempre houve controvérsia e o apontar de caminhos diferentes. O que é muito salutar na ampla liberdade deste clube. Um coisa é certa o Clube está para continuar neste registo de liberdade e sem compromissos, a não ser, com os cidadãos na busca incessante de cada vez estarem mais bem informados.

Relembro que neste ciclo de debates de 2015 iniciou-se com: Sobrinho Simões que abordou Nova Medicina; Rui Rio, É preciso Reformar a Política?; Miguel Cadilhe, no 9.ºaniversário, Sistema Político; António Costa, candidato a primeiro-ministro revelou algumas medidas do seu programa para Portugal; Joana Amaral Dias do Agir; Paula Teixeira da Cruz na apresentação do livro de Joaquim Jorge Pedagogia Cívica; Álvaro Beleza o rosto da oposição interna no PS; Manuela Moura Guedes falou de televisão e imprensa; Ministro Poiares Maduro no papel de gestor do Portugal 2020; por fim Sampaio da Nóvoa, candidato presidencial.

O Clube dos Pensadores é incómodo. Analisa de forma minuciosa, sonda, descobre, examina quem está no poder. O Clube chateia e exige, a propósito, que expliquem e dêem respostas. Muito boa gente teme que se pergunte e questione. Aquilo a que designamos escrutínio que não tem que ver com contagem de votos. Mas com prestação de contas e querer saber o porquê.

Mas em Portugal há uma cultura do medo, de vergar perante quem ocupa um cargo político. Todavia o lema do Clube é não se vergar por nenhum poder o que não quer dizer que não o respeite.

Evidentemente que quem está no poder torce o nariz, fogem às questões, ficam coléricos com posições diferentes e baseadas em factos.

Povo mole, medroso, faz de conta, de encolher os ombros, monótono e deixar para lá.

O Clube continuará a ser uma espécie de contra-poder pela positiva procurando que as coisas nas mais variadas áreas melhorem.

Sem crítica é inconcebível a democracia. Sem crítica a própria sociedade civil – ou os restos que dela subsistem- corrompe-se, avilta-se.

Deste modo este tipo de jantares são sempre importantes, quanto mais não seja para pôr as pessoas a pensar.

Um até já para depois do Verão.

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