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“Não é só reconstruir as casas, mas também as almas”, diz Marcelo

No fim de semana que marca seis meses após a tragédia de Pedrógão, o Presidente da República sublinhou, em Lisboa, que o tempo “não é só” para “reconstruir casas, mas também as almas”.

À margem do almoço de Natal da Comunidade Vida e Paz, Marcelo Rebelo de Sousa abordou o tem da reconstrução das casas destruídas pelas fogos, há seis meses, e apelou para que todos remem na mesma direção.

Reconhecendo que lhe cabe “permanentemente fazer pressão para que seja mais rápido”, Marcelo admitiu que “reconhece aquilo que tem sido feito, quer a nível local, quer a nível nacional sobretudo pelo Governo, tem sido feito em tempo recorde para a nossa habitual prática”.

“Há um esforço conjunto – e neste tempo de Natal devêmos pôr acento tónico naquilo que nos aproxima e não naquilo que nos divide”, sublinhou, em claro apoio a António Costa.

O “espírito de convergência” nesta quadra natalícia foi também sublinhado pelo Presidente da República.

“Esse espírito é muito importante sobretudo na reconstrução, mas não apenas em Pedrógão Grande e concelhos vizinhos, porque outros municípios também foram atingidos em Outubro. Temos de remar na mesma direcção: Presidente da República, Governo, autarquias, instituições de solidariedade social, empresas ou, desde logo, a Associação dos Familiares das Vítimas do Incêndios de Pedrógão Grande”, afirmou. “Cada um faz aquilo que pode fazer no seu campo de intervenção e cabe ao Presidente da República o magistério de chamar a atenção, fazendo pressão e estando próximo em termos de afecto daquilo que também existe. Não é só reconstruir as casas, mas também reconstruir as almas.”

António Costa tinha dito, neste sábado, que só com optimismo exagerado se poderia acreditar que todas as casas destruídas pelo fogo em Pedrógão estariam reconstruídas antes do Natal.

Hoje, em Tábua, o primeiro-ministro prometeu que os incêndios de outubro terão a mesma atitude que que os de Pedrógão.

“Temos que impor, relativamente a estes incêndios de 15 de outubro, a mesma energia e a mesma determinação com que temos estado a desenvolver relativamente à tragédia do incêndio de Pedrógão”, sublinhou.

Em outubro foram perdidas 1483 casas, sendo que as chamas atingiram 36 concelhos. Para a reconstrução de primeitas habitações, serão alocados 75 milhões de euros.

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