Nas Notícias

Mulher ao volante “não liga se for violada”, diz historiador saudita (vídeo)

saleh al saadoon As violações, na Arábia Saudita, só ocorrem com mulheres que conduzem. A teoria foi defendida na televisão por um conceituado historiador. “Não é um problema para além do dano moral”, afirmou Saleh al-Saadoon, referindo que as não condutoras “são tratadas como rainhas”.

Para Saleh al-Saadoon, um dos mais conceituados historiadores árabes, há dois tipos de mulhe na Arábia Saudita: as que respeitam as tradições e “são tratadas como rainhas” e as influenciadas pelo ocidente, que “não ligam se forem violadas”.

A tese foi defendida em direto na televisão, num programa que tinha o historiador como convidado. A apresentadora, surpreendida, ainda tentou esclarecer a situação.

Embora a situação tenha ocorrido em janeiro, só agora é que registo está a ser partilhado nos media ocidentais.

“No nosso caso, entretanto, o problema é social e religioso. As mulheres que não conduzem são tratadas, aqui, como rainhas”, comparou Saleh al-Saadoon.

O historiador, que tentava justificar a polémica lei que proíbe as mulheres de terem carta de condução na Arábia Saudita, insistiu que as mulheres ocidentais “não ligam se forem violadas”.

“Não é um grande problema para elas, para além do dano moral”, garantiu o convidado.

A apresentadora, escandalizada com a opinião do interlocutor, questionou-o sobre os casos de violação de mulheres por parte de homens que conduzem.

“A solução para isso tem sido negada pelo Governo e pelos clérigos, que seria contratar mulheres motoristas estrangeiras para dirigirem”, respondeu Saleh al-Saadoon.

https://www.youtube.com/watch?v=KQEeXmcWOxI

Em destaque

Subir