As violações, na Arábia Saudita, só ocorrem com mulheres que conduzem. A teoria foi defendida na televisão por um conceituado historiador. “Não é um problema para além do dano moral”, afirmou Saleh al-Saadoon, referindo que as não condutoras “são tratadas como rainhas”.
Para Saleh al-Saadoon, um dos mais conceituados historiadores árabes, há dois tipos de mulhe na Arábia Saudita: as que respeitam as tradições e “são tratadas como rainhas” e as influenciadas pelo ocidente, que “não ligam se forem violadas”.
A tese foi defendida em direto na televisão, num programa que tinha o historiador como convidado. A apresentadora, surpreendida, ainda tentou esclarecer a situação.
Embora a situação tenha ocorrido em janeiro, só agora é que registo está a ser partilhado nos media ocidentais.
“No nosso caso, entretanto, o problema é social e religioso. As mulheres que não conduzem são tratadas, aqui, como rainhas”, comparou Saleh al-Saadoon.
O historiador, que tentava justificar a polémica lei que proíbe as mulheres de terem carta de condução na Arábia Saudita, insistiu que as mulheres ocidentais “não ligam se forem violadas”.
“Não é um grande problema para elas, para além do dano moral”, garantiu o convidado.
A apresentadora, escandalizada com a opinião do interlocutor, questionou-o sobre os casos de violação de mulheres por parte de homens que conduzem.
“A solução para isso tem sido negada pelo Governo e pelos clérigos, que seria contratar mulheres motoristas estrangeiras para dirigirem”, respondeu Saleh al-Saadoon.
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