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MP abre inquérito a empresas acusadas de poluir Tejo

O Ministério Público instaurou um inquérito a empresas de Vila Velha de Rodão, na sequência de uma participação crime e poluição do rio Tejo apresentada pelo Ministério do Ambiente.

De acordo com fonte da Procuradoria-Geral da República (PGR), o inquérito está a ser “dirigido pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Castelo Branco”.

“Neste inquérito, o Ministério Público é coadjuvado pela Polícia Judiciária de Coimbra, com a colaboração da Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT), entidades que se encontram a realizar diligências de investigação”, acrescenta a PGR.

As empresas visadas são a Navigator, Celtejo e Paper Prime, indica a SIC.

Desde quarta-feira que o rio Tejo está visivelmente poluído, no zona de Abrantes, coberto por um manto de espuma branco classificado como “dantesco” pelo grupo ambientalista proTEJO – Movimento pelo Tejo.

Este sábado, o ministro do Ambiente afirmou que o “problema agudo” está desde já a ser atacado, adiantando a realização de análises à espuma, ao mesmo tempo que se trabalhava em soluções.

“Neste momento, confrontamo-nos com duas coisas: um problema agudo de poluição, que tem por detrás um acumular de condições de consolidação de matéria orgânica que, em anos de muito pouca chuva, não tiveram forma de se poder diluir. E vamos atacá-lo desde já”, afirmou João Matos Fernandes.

As análises, que demoram cerca de um semana, permitirão “perceber quais os agentes de poluição” e, dessa forma, “chegar aos potenciais agentes poluidores”.

“Nós não podíamos, em face de um fenómeno de poluição com esta dimensão, deixar nada de fora e, por isso, fomos a todas as ETAR, nomeadamente as das Águas do Vale do Tejo, que são uma empresa pública da qual eu sou o último responsável, para podermos perceber como são as condições de descarga neste momento”, referiu.

A remoção da espuma concentrado junto do açude de Abrantes foi iniciada hoje mas, lembra a Quercus, trata-se apenas de uma “operação estética”, já que a poluição continua a existir.

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