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Minissaias, piercings e tatuagens proibidos no hospital de Cascais

O hospital de Cascais aprovou um regulamento interno “de fardamento” que impede as suas profissionais de usar minissaias, ter piercings ou tatuagens visíveis. A camisa deve ser “abotoada até ao peito” e a maquilhagem “discreta”. Para o Sindicato dos Médicos da Zona Sul, este é “um caso escandaloso de prepotência e de militarização da vida hospitalar”.

Um regulamento interno do hospital de Cascais, relativo à imagem dos seus profissionais, está a gerar polémica, pelas proibições que impõe aos seus profissionais.

Aprovado em outubro de 2017, o documento só agora foi conhecido. E gerou reações.

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul já se pronunciou sobre estas imposições, classificando-as de “intoleráveis num Estado democrático”.

“A par de medidas do senso comum a nível de higiene e de aspetos vulgares do fardamento, surgem medidas chocantes que revelam conceções de puro totalitarismo, a lembrar países onde imperam os fundamentalistas religiosos”, refere o sindicato, em comunicado.

Se algumas das determinações fazem sentido, uma vez que visam não perturbar os utentes – desde a obrigação de uso de desodorizantes inodoros e perfumes pouco agressivos – outras entram na esfera da imagem.

Segundo as regras que constam daquele regulamento, as mulheres não podem usar minissaia e a camisa tem de ser abotoada até ao peito.

Devem usar “maquilhagem discreta”, “não podem usar piercings, jóias, tatuagens de qualquer tipo em locais visíveis do corpo. As rececionistas têm regras mais restritivas, que chegam à cor dos collants. Por último, está proibido o uso de “chinelos, sandálias e botas”.

O sindicato conclui que o regulamento “é intolerável num Estado democrático e constitui um atentado à Constituição da República”.

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