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Metade das crianças e jovens da região do Porto tem baixos níveis de vitamina D

Um estudo da pediatra Carla Rêgo, investigadora do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, conclui que uma em cada duas crianças e jovens da região do Porto apresenta níveis de vitamina D abaixo do recomendado.

A investigação, que foi publicada na Acta Pediátrica Portuguesa, aponta que “a deficiência em vitamina D poderá tornar-se um problema de saúde pública na população pediátrica portuguesa”, segundo a agência Lusa.

Para o estudo, foram avaliadas pessoas com idades compreendidas entre os 5 e os 17 anos, revelando que a prevalência de deficiência em vitamina D era de 48 por cento, dos quais seis por cento apresentava uma deficiência severa e cinco por cento tinham um “compromisso de mineralização óssea para a idade”.

Para Carla Rêgo, esta falta de vitamina D contém “um elevado risco de compromisso futuro da saúde óssea”, tendo um “potencial impacto na saúde óssea e metabólica” porque “dois terços da massa óssea são formados na adolescência”.

A investigadora ainda diz que “a suplementação farmacológica ou o enriquecimento de alguns alimentos, como o leite, poderão compensar o suprimento inadequado de vitamina D resultante da exposição solar insuficiente nos meses de inverno na região do Porto e do estilo de vida da maioria das crianças e adolescentes, traduzido por escassas atividades ao ar livre e por um grande número de horas passadas em sala de aula ou em casa”.

“Estes dados apoiam, ainda, a importância do rastreio de comportamentos de risco para deficiência em vitamina D em crianças e adolescentes, integrando-o na consulta de Vigilância da Saúde Infantil e Juvenil, bem como a necessidade de realizar estudos relativos ao ‘status’ da vitamina D na população pediátrica portuguesa”, aconselha a investigadora.

Por fim, Carla Rêgo explicou que esta vitamina é fundamental para a absorção do cálcio pelo organismo para a formação óssea.

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