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Menino autista vai ser deportado para Austrália evitar um “custo significativo”

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Tyrone Sevilla, natural das Filipinas, chegou à Austrália em 2007. No ano seguinte, o menino foi diagnosticado como autista. Dado o “custo significativo” para a comunidade, o Tribunal de Revisão de Migração vai ‘ilegalizar’ a família e deportar a criança, que tem agora 10 anos.

Um menino de nacionalidade filipina, mas que passou mais tempo na Austrália do que no país de origem vai ser deportado porque… tem autismo.

Tyrone Sevilla chegou à ilha com 2 anos, em 2007. As autoridades concederam um visto à criança e à mãe, Maria Sevilla.

Só que, no ano seguinte, os médicos diagnosticaram autismo ao menino. Agora, o processo de imigração foi revisto e a criança, hoje com 10 anos, vai ser deportada por causa do “custo significativo” que representa para a comunidade australiana.

O caso foi denunciado pela mãe, que hoje lançou uma petição (já com milhares de assinaturas) a apelar ao Governo para evitar a deportação.

De acordo com Maria Sevilla, que deu uma entrevista à ABC, o Tribunal de Revisão de Migração alegou o “custo significativo” para rejeitar a extensão do visto da família, que foi notificada da decisão a 30 de março.

O eventual recurso tem de dar entrada até ao final do dia de amanhã, 28 de abril.

Nas entrevistas que tem concedido nas últimas horas, a mãe, que trabalha como enfermeira num hospital de Queensland, tem insistido que Tyrone “não escolheu ser autista”.

O caso tornou-se polémico e está a dominar a agenda política na Austrália. O Governo já explicou publicamente que Tyrone Sevilla “não preenche os requisitos legais” para permanecer no país, mas o executivo liderado por Tony Abbott estará dividido sobre o assunto.

Os media australianos citam mesmo uma carta que o Ministério da Saúde terá enviado ao Ministério da Imigração a exigir explicações sobre a deportação do menino autista.

“Perante os meus olhos e no meu coração ele é perfeito”, diz Maria Sevilla.

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