“De que é que tem medo Bruno de Carvalho?”, pergunta Marta Soares
A crise no Sporting conheceu novos episódios, na noite de sexta-feira, com Jaime Marta Soares a entrar em direto na emissão da SIC Notícias para falar sobre a providência cautelar para a realização da Assembleia-Geral de 23 de junho, que Bruno de Carvalho contesta e Marta Soares revela que o Tribunal lhe deu razão.
O presidente da Mesa da Assembleia-Geral (MAG) reforça o comunicado que tinha enviado às redações, na tarde desta sexta-feira, onde assume que a reunião de associados para destituição de Bruno de Carvalho como ponto na ordem de trabalhos “está marcada legitimamente”.
Depois, o dirigente passou para o ataque a Bruno de Carvalho.
“Aquilo que ele tantas vezes propala, da democracia e do direito, é o que ele está a ferir gravemente”, salientou, acrescentando que “no conteúdo global, [o tribunal] garante que o presidente da Mesa está legitimado para levar o ato [Assembleia-Geral de destituição] por diante”.
Além disso, Marta Soares sustenta que a mesa toma estas “atitudes para cumprir a lei e pedir apoio e segurança” em face do que Bruno de Carvalho “tem feito”.
O dirigente adianta ainda que não está a concorrer a nada.
“Não sou candidato a nada. Só tenho um compromisso, respeitar a opinião e [fazer valer] os direitos dos sócios”, disse, e deixou questões a Bruno de Carvalho.
“Porque é que Bruno de Carvalho não quer dar voz aos sócios? De que é que tem medo? Ele que tenha, de uma vez por todas, o entendimento de que ele não é o Sporting”.
O presidente da MAG considera ainda que a situação vivida no clube verde e branco “só se resolve com eleições”, uma vez que Bruno de Carvalho “assume-se como dono do Sporting”.
“Ele sabe que eu sempre o olhei olhos nos olhos. Passei coisas muito desagradáveis, mas assumi todas, em nome dos sócios. Ele que reflita o que importa mais, se o protagonismo e os seus interesses pessoais, se o Sporting”, apelou Marta Soares.
Questionado sobre o facto de a Assembleia-Geral não se vir a realizar, Marta Soares explicou os passos que vão ser seguidos.
“Temos connosco uma quantidade de juristas, dos melhores que existem no país e na cidade de Lisboa, e vou aconselhar-me com eles para procurarmos as melhores soluções”.
Quanto ao futuro, Marta Soares tratou de avisar que “tudo” tem feito para tentar resolver esta situação.
“Eu não sou Deus, não faço milagres. Sigo a lei, os estatutos. Procuro os consensos, dialogar com as pessoas”, salientou dizendo que já “não” pode “fazer mais”.
A finalizar, Marta Soares assume que anda a “mendigar” ajuda dos “funcionários para realizar o trabalho como presidente da MAG”.
