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Médicos portugueses querem legalização da canábis para fins terapêuticos

Várias personalidades ligadas à medicina – desde investigadores, psicólogos, médicos e enfermeiros – uniram-se para apelar ao Governo dê ‘luz verde’ à legalização da canábis para fins terapêuticos, ‘subscrevendo’ um projeto-lei do Bloco de Esquerda.

Numa carta aberta rubricada por mais de 100 personalidades, além do apelo ao executivo de António Costa são sublinhadas os ganhos científicos no combate a certas doenças.

Estas personalidades unem o seu nome a um projeto-lei do Bloco de Esquerda, que procura ver legalizada a canábis para fins terapêuticos.

“A legalização permitiria o acesso à canábis , em condições reguladas e com garantia de qualidade e segurança, por parte dos milhares de doentes que dela poderiam beneficiar. A legalização permitiria a melhoria da qualidade de vida dessas muitas pessoas e um maior e melhor acesso ao tratamento mais adequado ao seu estado de saúde”, pode ler-se na carta a que o Expresso teve acesso.

“A investigação científica tem revelado dados consistentes e sistemáticos sobre os efeitos benéficos desta planta no controlo da dor, na regulação do apetite, no controlo de sintomas associados a doenças neuromusculares, no tratamento do glaucoma, na diminuição dos efeitos secundários negativos que resultam de tratamentos oncológicos, entre muitas outras situações”, explicam ainda na carta as personalidades que reúnem nomes de médico oncologistas, especialistas em unidades de cuidados intensivos neurocríticos, entre outros.

De acordo com a proposta dos bloquistas, caberá ao Infarmed a fiscalização e regulamentação do cultivo e produção da canábis para fins terapêuticos, tal como a importação ou a sua exportação.

A discussão deste projeto-lei dos bloquistas acontece na Assembleia da República nesta quinta-feira, dia 11 de janeiro.

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