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Médicos incapazes de remover as agulhas da bebé vítima de um ritual no Brasil

Uma bebé está internada com três agulhas (duas na cabeça e uma no abdómen), em resultado de um ritual satânico, no Brasil, onde participaram os pais. Os médicos não conseguem remover as agulhas, visíveis num raio-X.

Uma menina de três meses permanece internada há seis dias, na unidade de cuidados intensivos pediátricos da Santa Casa de Rondonópolis, a 218 quilómetros da capital Brasília, segundo narra a Globo.

A bebé foi vítima de um ritual satânico, que levou à detenção de cinco pessoas, entre as quais o pai e a mãe.

De acordo com aquele jornal, os médicos não conseguem retirar as agulhas, encontradas através de um raio-X (divulgado nesta segunda-feira).

As detenções ocorreram depois de uma denúncia que partiu de um Conselho Tutelar da cidade de São Pedro da Cipa.

“Descobriram que o bebé estava com agulhas no corpo. Fizemos a prisão do pai, que é suspeito de envolvimento, e de uma mulher que terá feito a inserção das agulhas no corpo da criança. A mãe também está envolvida”, explicou o investigador que tem o caso em mãos, Marcelo Melo de Laet, em declarações ao G1.

A vítima foi transportada para centros de saúde de Jaciara e Rondonópolis, sendo posteriormente internada numa unidade de cuidados intensivos pediátricos da Santa Casa local.

Os exames de raio-X permitiram detetar que a bebé tinha três agulhas no interior do corpo, na região da cabeça (duas) e no tórax (uma).

Os pais terão justificado o ato com o desejo de “entregar a criança a Deus”. Mas a verdade é que terão recebido cerca de 250 reais (cerca de 85 euros) para permitir a inserção das agulhas.

“Tudo indica que se trata de um ritual. Eles negaram envolvimento, mas conseguimos elementos bastante concretos. Na lógica deles existe um significado: disseram que estavam a entregar a criança a Deus. Os pais terão recebido 250 reais para sujeitar a criança a esta situação”, conta o delegado Marcelo Melo de Laet, em declarações reproduzidas pelo G1.

A bebé apresentava alguns inchaços no corpo, como efeitos secundários desse ritual. De acordo com a polícia, “uma das agulhas terá atingido a massa encefálica da menina.

Os três responsáveis por esta prática deverão responder por tentativa de homicídio e negligência. A mãe é menor, pelo que o caso encerra molduras penais diferentes, em caso de condenação.

Enquanto os médicos tentam reverter as lesões provocadas pelo ato, a Polícia Civil tem em curso investigações ao caso.

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