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Marques Mendes afasta Passos Coelho: Não tem “grande inteligência política”

Passos Coelho morreu, politicamente falando. A previsão é de um ex-presidente do PSD e agora comentador político, Marques Mendes.  Após críticas duras à linha seguida pelo PSD, Marques Mendes insinuou que Passos Coelho não chegará ao final de 2019. Não tem “grande inteligência política”, explicou.

O comentário de ontem terá sido a crítica a mais dura a surgir de dentro do PSD – embora na pele de um comentador político – em relação ao atual líder. Listando cinco erros graves nas orientações do PSD, Marques Mendes dá Passos Coelho como politicamente morto em menos de dois anos.

“Não me parece de grande inteligência política ter esse tipo de relação” com o Presidente da República, afirmou Marques Mendes, quando comentava “a má relação” entre Passos Coelho e Marcelo Rebelo de Sousa.

“Não se pode agravar aquilo que já é mau ou acima disso”, pelo que o presidente da PSD “dá trunfos ao adversário principal” ao alimentar uma má vizinhança com Belém: “Tenho dificuldade em perceber a vantagem de Pedro Passos Coelho em acentuar a divergência e a sua má relação com Marcelo Rebelo de Sousa”.

Antes, Marques Mendes já tinha lembrado que Passos Coelho tem insistido num tema que “não parece o mais adequado para o debate político”, o incêndio de Pedrógão Grande: “Houve a questão dos supostos suicídios, a lista dos alegados mortos escondidos e agora os donativos”.

Depois de passar pelas cativações, com o PSD a colocar-se “ao lado do BE e do PCP para mudar as regras”, o ex-presidente continuou a desancar a atual liderança social-democrata, agora devido à escolha do candidato “fraquinho e pobrezinho” para a Câmara do Porto.

Álvaro Almeida, simplesmente, “não consegue” entrar na disputa das autárquicas, como demonstrou no recente debate: “Não deixou uma ideia, uma marca”.

Para o fim, Marques Mendes guardou o alvo principal: Pedro Passos Coelho. Estava nas entrelinhas, quando comentava uma possível geringonça em 2019: “No futuro, não haverá o papão de Pedro Passos Coelho, que é uma espécie de seguro de vida da geringonça”.

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