“O facto de ser prostituta não dá o direito de chamar p***”, diz Marinho e Pinto, numa alusão a um caso real, em que como advogado viu uma mulher condenada por insultar uma colega de ‘profissão’. Marinho reagiu desta forma às críticas de Eurico Figueiredo, que o apelidara de “vigarista”.
“Não recorro nunca ao insulto às pessoas. Digo factos que as pessoas querem ocultar. Mas nunca usei termos moralmente injuriosos ”, salienta o advogado.
Eurico Figueiredo começou por apoiar Marinho e Pinto, nesta caminha pela política que prosseguiu com a criação do Partido Democrático Republicano, mas o socialista acabou por distanciar-se do advogado.
“Não se pode levar a sério um vigarista”, justificou Figueiredo, em entrevista ao i, onde apelida Marinho de “homem perigoso para a democracia portuguesa”.
Ora, Marinho e Pinto respondeu nesta sexta-feira a Eurico Figueiredo, no programa da TVI apresentado por Cristina Ferreira. Confrontado com estas acusações e com a carta aberta onde foi alvo de outras críticas, o antigo bastonário defende-se com um caso que ocorreu quando era advogado.
“Quem tem necessidade de insultar é sempre inferior”, diz Marinho, que recorda um caso que ocorreu quando o atual líder do PDR exercia funções de advogado em Coimbra.
“Uma prostituta foi julgada e condenada por injúria porque chamou ‘p***’ a uma colega. A outra pôs-lhe um processo, a dizer que tinha sido insultada. E ganhou. O facto de ser prostituta não dá o direito de chamar puta. Porque é ofensivo, mesmo da dignidade que uma prostituta tem”, afirmou Marinho e Pinto, na TVI.
“Quem insulta é sempre moralmente inferior ao insultado. Eu nunca recorro ao insulto às pessoas. O termo ‘vigarista’ é injurioso”, acrescentou.
Marinho Pinto considera que Eurico Figueiredo “não tinha mais arma” e restou-lhe “a do insulto”.
Veja o vídeo do ex-bastonário sem papas na língua, na TVI:
https://www.youtube.com/watch?v=eQpeTzi3_80