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“Marcelo reduz políticos a meros figurantes”, diz Sampaio da Nóvoa

Sampaio da Nova posicionou-se para nova corrida a Belém com uma entrevista em que acusa Marcelo Rebelo de Sousa de “desgastar” a Presidência, “reduzindo o papel dos outros atores políticos quase como se fossem figurantes”.

Em declarações conjuntas à Renascença e ao Público, o candidato que recolheu 22,88 por cento dos votos em 2016 – Marcelo ganhou com 52 por cento – não poupou críticas ao atual ‘inquilino’ do Palácio de Belém, dois anos após a tomada de posse.

“Há um desgaste da imagem presidencial, um desgaste da palavra presidencial e há também um outro efeito que, a meu ver, pode ser negativo que é muitas vezes reduzir o papel dos outros atores políticos quase como se fossem figurantes”.

“Muitas vezes, temos a sensação que os outros atores políticos (membros do Governo, deputados, presidentes de câmara… o conjunto de outros atores políticos) fazem quase o papel de figurantes”, insistiu Sampaio da Nóvoa. “Isso não é bom para a democracia”.

O ex-reitor criticou ainda Marcelo pela “preocupação constante de preencher a distância entre o tempo mediático e o tempo político”, criando um “vazio” que pode levar à perda do “peso da última palavra”, supostamente a do Presidente.

Traçando um balanço do mandato de Marcelo, considerou que “o primeiro ano foi muito positivo” e o segundo ficou “muito marcado pela proximidade”, destacando a “dimensão de respeito e compaixão” imposta pelo mais alto magistrado da nação.

Elogios que, no entanto, não desencaminham Sampaio da Nóvoa de uma nova corrida a Belém:

“Estou aberto a todas as possibilidades, em todos os momentos, se entender que numa determinada fase isso é útil para o País, é útil para pessoas que de outra forma não se sentem representadas e pode criar alguma coisa que para mim tenha sentido e o sentido para mim é o futuro de Portugal”.

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