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Marcelo diz que Passos foi “infeliz” ao incentivar os professores a emigrar

As palavras do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho sobre a classe docente mereceram a crítica do professor Marcelo Rebelo de Sousa. Passos indicou a porta da emigração, Marcelo reage e diz que “os portugueses não querem um primeiro-ministro que se comporte como um comentador político”.

Contra o desemprego dos professores, emigrar. Este princípio defendido por Pedro Passos Coelho gerou uma crítica do social-democrata Marcelo Rebelo de Sousa, que no seu comentário semanal da TVI considerou a declaração infeliz.

Marcelo considera que Passos Coelho não pode exercer o papel de comentador político, mas transmitir ideias que vão de encontro às expectativas de quem é governado.

“Os portugueses não querem um primeiro-ministro que seja comentador político. Querem um primeiro-ministro que lhes diga: ‘Eu vou governar de tal maneira que não será necessário emigrar’”, sublinha o professor.

Marcelo Rebelo de Sousa lembra ainda que já criticou “um secretário de Estado que incentivou à emigração”, mas sublinha que “dito por um primeiro-ministro é bem mais grave”.

Passos Coelho terá de mostrar que o executivo está a “fazer tudo o que é possível” para encontrar soluções para os professores.

“Se Passos Coelho dissesse: ‘Há desemprego, mas o Governo está a tratar com as autoridades brasileiras e angolanas, no sentido de encontrar saída profissional e pessoal para professores que a não têm em Portugal’, era bem dito. Agora, ele diz aos professores para emigrarem e aproveitar as vantagens do mundo global”, lamenta Marcelo Rebelo de Sousa.



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