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Marcelo foi conhecer projetos de envelhecimento ativo e reinserção de reclusos

O Presidente da República passou hoje a tarde a conhecer o projeto “A Avó Veio Trabalhar”, que reúne mulheres acima dos 60 anos em trabalhos de costura para comercialização e a associação de reinserção de reclusos “O Companheiro”.

A visita do chefe de Estado à “Avó Veio Trabalhar”, na Rua do Poço dos Negros, em Lisboa, incluiu cantorias, consultas médicas improvisadas e muitas risadas e foi acompanhada por constantes gritos de “Marcelo, Marcelo”, vindos da varanda do colégio “O Nosso Jardim”, que fica do outro lado da rua.

Susana António, que fundou o projeto com Ângelo Campota, explicou a Marcelo Rebelo de Sousa que este “é um espaço criativo para pessoas com mais de 60 anos”, com “porta aberta, todos os dias, para qualquer pessoa entrar”, para “valorizar a idade como um poder”.

O chefe de Estado ouviu pedidos de um novo espaço, maior, para albergar as cerca de 70 “avós” que ali se juntam, mas remeteu a questão para a presidente da Junta de Freguesia da Misericórdia, Carla Madeira, do PS, que o acompanhou nesta visita: “Isso é a presidente da Junta que manda nisso, no espaço”.

Carla Madeira considerou que “este é um projeto importantíssimo na freguesia, porque contribui imenso para o envelhecimento ativo e saudável”.

Rodeado de mulheres, Marcelo Rebelo de Sousa provocou risadas, por exemplo, quando quis saber do que falam enquanto trabalham.

“Ah, não se pode dizer tudo”, disse logo uma delas, enquanto outra respondeu: “Cantamos, contamos a nossa história, da nossa vida, contamos o que se passa com os nossos filhos, com os nossos netos. Nós somos todos uma família”.

O chefe de Estado também fez rir as “avós” quando uma delas lhe ofereceu um cachecol do Braga, dizendo que o seu marido era de lá, e lhe perguntou: “Não me diga que isto era do seu defunto marido?”.

“Não, não, não. Foi comprado ontem pela minha filha”, esclareceu a mulher. “Ah, pronto, mas se fosse eu tratava com muito carinho”, retorquiu Marcelo.

No final, admitiu vir ajudá-las quando terminar o seu mandato, em 2021, mas ouviu de imediato que “depois tem o segundo mandato”.

A dona Rosário, a mais velha de todas as “avós”, foi mais longe, e pediu “mais outro mandato de Marcelo e Costa”.

Dali, o chefe de Estado seguiu para as instalações da associação de fraternidade cristã “O Companheiro”, na Avenida Marechal Teixeira Rebelo, em Benfica, criada pelo padre Dâmaso Lambers, falecido em fevereiro deste ano, que promove a reinserção social de reclusos e ex-reclusos.

Marcelo Rebelo de Sousa percorreu os vários espaços da associação e conversou mais demoradamente com alguns homens na residência masculina da associação, onde um angolano se queixou de que não consegue trabalhar porque o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) não renovou a sua documentação, por ter estado mais de um ano preso.

O Presidente da República pediu-lhe que lhe fizesse chegar os elementos do seu processo.

À conversa com outro homem, que lhe falou da sua filha, quis falar ao telefone com a criança de oito anos, e apresentou-se assim: “Chamo-me Marcelo Rebelo de Sousa e apareço de vez em quando na televisão”.

“Tens de estudar e ter juízo. Um grande, grande beijinho para ti”, despediu-se, comentando: “Está assim um pouco estupefacta”.

Marcelo Rebelo de Sousa enalteceu a obra desta instituição e prometeu visitá-la com mais tempo quando estiverem prontas as novas instalações, daqui a cerca de seis meses.

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