Numa altura em que o futebol português está a arder, novamente, devido a arbitragens polémicas, fique a saber que, à margem de protestarem jogos, há equipas que encontram formas bem mais originais de mostrar revolta.
Aconteceu a 31 de outubro de 2002, em Antananarivo, capital da ilha de Madagáscar.
Na altura, quatro equipas disputavam um playoff para apurar o campeão.
Dias antes do famoso jogo, o SOE Antananarivo havia empatado 2-2 com o DSA. A partida ficou marcada por um penálti inexistente assinalado pelo árbitro nos últimos minutos e que permitiu ao DSA marcar o segundo golo.
Logo no final do encontro, o treinador do SOE Antananarivo, prometeu que se iria vingar dessa injustiça.
Dias depois, no jogo frente ao AS Adema, e já fora da luta pelo título de Madagáscar, o técnico ordenou à sua equipa que passasse o jogo a marcar golos na própria baliza.
E assim foi. A bola ia ao centro e os jogadores rematavam de imediato para a própria. O guarda-redes não se mexia e o AS Adema lá ia aumentando a contagem.
140-0 foi o resultado final.
O treinador do SOE Antananarivo, Zaka Be, e quatro dos seus jogadores, acabariam por ser suspensos pela Federação de Madagáscar.
O jogo está presente no Livro dos Recordes do Guinness como a partida com mais golos de sempre, tendo ultrapassado, por muitos, o 36-0 entre o Arbroathe e o Bon Accord, jogado a 12 de setembro de 1885 e a contar para a Taça da Escócia.
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