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Este manual foi feito a pensar nas crianças vegetarianas, diz a DGS

criancas vegetarianas

Agora há um manual que explica a alimentação vegetariana às crianças e aos adolescentes. A pensar na população em idade escolar, a Direção-Geral da Saúde (DGS) criou esta ferramenta para salientar os cuidados base essenciais que devem ser seguidos neste padrão alimentar.

A alimentação vegetariana tem vantagens, mas também apresenta desvantagens. Para que os mais novos estejam mais conscientes das opções disponíveis, este ‘Manual Alimentação Vegetariana em idade escolar’ é uma ajuda preciosa.

Disponível na página da DGS, o manual ajuda a divulgar os cuidados base essenciais a ter na adoção de um padrão alimentar vegetariano por parte de famílias onde existam crianças em idade escolar, de forma a não comprometer o crescimento dos mais novos.

Destinado a crianças e adolescentes, esta nova publicação complementa o ‘Linhas de Orientação para uma Alimentação Vegetariana Saudável’, que a DGS tinha lançado em julho do ano passado para toda a população.

Em declarações à Lusa, o diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, Pedro Graça, salientou a necessidade de se fazer uma distinção por idades, uma vez que os jovens, por estarem em desenvolvimento, terem necessidades nutricionais diferentes dos adultos, que podem ficar comprometidas se seguirem uma alimentação vegetariana mal feita.

“São conhecidas todas as necessidades nutricionais para a área pediátrica”, adiantou o especialista: “A dieta vegetariana bem planeada pode ser indicada para todos os ciclos de vida, mas decidimos fazer este manual porque há necessidades acrescidas de nutrientes”.

Como exemplo, Pedro Graça citou a ingestão diária de ferro, que é inferior em 80 por cento quando comparada com uma alimentação não vegetariana, e as necessidades de zinco, que aumentam em 50 por cento.

Os vegetarianos que não consomem ovos nem lacticínios necessitam ainda de suplementação em cálcio e vitamina B12.

“Não há nenhuma instituição pública com um manual destinado a crianças, não existia nenhum manual deste género, apenas sociedades com recomendações”, lembrou o responsável da DGS: “Sentimos que há um crescente aumento de procura de informação. Quase semanalmente recebemos um ou dois pedidos de informação sobre alimentação vegetariana para crianças. Não sabemos se há preocupação, se é moda, ou se o número está a aumentar”.

Pedidos de informação que chegam também de um número cada vez maior de escolas, preocupadas em incluir a alimentação vegetariana, “até para dar resposta a algumas comunidades mais representadas em algumas regiões”.

O ‘Manual Alimentação Vegetariana em idade Escolar’ foi criado no âmbito do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável.

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