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A maior oportunidade de um privado vencer em Le Mans desde 2005

Acredita-se que a ‘super temporada’ 2018/2019 do Campeonato do Mundo de Resistência (WEC) constitua a grande oportunidade para equipas privadas se poderem impor em termos absoluto.

Com a saída da Porsche e a abertura da categoria superior a equipas privadas tudo ficou mais nivelado em LMP1, como o confirmam o regresso da Oreca à classe fornecendo os protótipos que a Rebellion vai utilizar e também outros construtores e equipas apostarem a este nível para a nova época.

Na Oreca há mesmo a ideia de que desde 2005 não havia uma oportunidade de uma equipa privada de vencer em Le Mans. Disso mesmo faz ‘eco’ o diretor técnico da estrutura liderada por Hugues de Chaunac. “A hipótese de equipas privadas de LMP1 vencerem Le Mans é grande a maior desde há muito tempo. A Pescarolo teve provavelmente uma oportunidade desde género em 2005. Dez anos antes a Courage podia ter ganho (a McLaren conseguiu-o com o F1 GTR). Há sempre cinclos deste género. A dada altura abre-se uma pequena ‘janela’ para os privados. Se calhar a próxima oportunidade só vai surgir lá para 2030, na melhor das hipóteses”, afirma David Floury.

Se o que o responsável da Oreca corresponde à verdade só se saberá mais tarde, mas a verdade é que a Toyota, a única marca a alinhar este ano em LMP1, está preocupada. Os TS050 Hybrid só pode ter 35,2 kg de combustível a bordo (menos 44,1 kg) em relação ao ano passado, enquanto um protótipo privado, (sem sistema híbrido) terá um depósito de 52,9 kg. O que tem forçosamente implicações ao nível da autonomia e do número de paragens nas boxes.

Segundo Mike Conway, piloto da Toyota, as mudanças operadas no regulamento fazem com que a vitória da marca japonesa este ano em Le Mans não seja um facto adquirido, e admite que os TS050 Hybrid estarão mesmo em desvantagem em termos de velocidade em reta em comparação com os mais convencionais protótipos das equipas privadas.

“Com as regras foram feitos favores aos privados, em termos de abrir os regulamentos mais liberais para eles. O tempo por volta que podem visar é muito rápido e a sua velocidade de ponta poderá chegar aos 360 km/h ou mais em pontos do circuito onde nós só chegaremos aos 340 km/h. Se tiverem vantagem nisso vai ser muito difícil para nós. Por isso ganharmos está longe de ser um dado adquirido. Temos a vantagem de ter tração às quatro rodas nas curvas, mas eles podem ter mais apoio aerodinâmico, mais aderência e podem gastar mais combustível por volta”, salienta o piloto britânico.

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