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Mãe que perdeu a filha para o cancro tira foto do ‘regresso às aulas’

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Quando muitos pais publicam fotos dos filhos no primeiro dia de aulas, Julie Apicella mostrou uma parede vazia: no ano anterior, foi aí que posou a filha que morreu de cancro.

O dramático alerta desta mãe ultrapassou as fronteiras do Reino Unido e tornou-se viral, sendo agora um alerta para o cancro infantil em todo o mundo.

“É tempo das fotos do ‘regresso às aulas’, mas é óbvio que falta aqui alguém muito especial: a minha filha Emily. Imaginem se a foto que tiram este ano fosse a ÚLTIMA que pudessem tirar e ficasse como uma recordação de alguém querido”, escreveu Julie Apicella.

Emily, a filha desta britânica, tinha 5 anos quando foi diagnosticada com tumor de Wilms, um cancro que afeta uma média de 70 crianças por ano (e isto só no Reino Unido).

Após três anos de luta, com uma cirurgia para remoção do rim, quimioterapia, radioterapia, uma remissão e uma recidiva, mais quimioterapia, tratamento com células estaminais e uma segunda remissão seguida de nova recidiva, o cancro venceu. Emily morreu em dezembro de 2015.

“Em agosto de 2015, tinha acabado de passar por um ensaio com medicamentos inovadores, mas sentimos que não estava a resultar”, recordou a mãe: “Fomos para a casa e começámos a fazer memórias do que tempo que nos restava”.

Foi então que Julie Apicella tirou a foto do ‘regresso às aulas’ com Emily, em 2015, que acompanha a imagem da parede vazia – a mesma parede – na foto deste ano.

“Quero que o laço dourado do cancro infantil seja reconhecido como é o laço rosa do cancro da mama”, insistiu esta mãe de luto, explicando que é importante consciencializar os pais para a possibilidade dos filhos terem cancro: “Nenhum pai devia ter de enterrar um filho, não é esse o círculo da vida. Se esta campanha servir para despertar pelo menos uma consciência já valeu a pena”.

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