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Lucas Pires: “CDS-PP só tem soluções pontuais”

Lucas Pires criticou o papel de esvaziamento a que o CDS se votou. “Foi uma oportunidade perdida”, afirmou o filho do histórico líder centrista, sobre o Congresso do fim de semana.

Francisco Lucas Pires, o pai do escritor e dramaturgo, presidiu ao CDS entre fevereiro de 1983 e outubro de 1985. Foi ainda deputado em várias legislaturas e ministro da Cultura e da Coordenação Científica, no Governo da Aliança Democrática. Jacinto, o filho, comentou a atualidade centrista para a Renascença, na sequência do Congresso que reelegeu Assunção Cristas.

“Foi uma oportunidade perdida”, lamentou.

“Era a altura de criar uma visão para o País à direita, até porque a direita está esvaziada”, Jacinto Lucas Pires.

Reconhecendo que o CDS tem obtido melhores resultados com Assunção Cristas do que “com a liderança anterior”, de Paulo Portas, o escritor argumentou que o partido já devia ter ganho outra sustentabilidade política.

“O CDS-PP continua a ser um partido ‘à la carte’, no sentido de ter soluções pontuais para problemas específicos, mas, na verdade, mas não tem uma visão consistente”, insistiu.

O filho de Francisco Lucas Pires, que em 1991 deixou o CDS para se filiar no PSD, considerou ainda “estranho” que os dois partidos da direita procurem “esvaziar-se para ocupar um vazio”.

No mesmo programa, o dramaturgo riu-se quando confrontado com uma afirmação de Nuno Melo, que prometeu a total indisponibilidade do CDS para viabilizar um Governo do PS.

“Não sei e acho perigosas essas linhas vermelhas, porque não sabemos o que vai ser o dia seguinte”, justificou.

“Se o CDS quer ser uma alternativa ao Governo pode estabelecer aí uma linha, mas não pode dizer ‘nunca’, ‘jamais’, porque não sabemos qual vai ser o resultado das eleições”, reforçou Jacinto Lucas Pires.

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