Economia

Livro denuncia exploração laboral na Amazon

Um jornalista inglês foi trabalhar para a Amazon, durante um mês, e viveu em primeira mão alguns dos abusos cometidos sobre os trabalhadores. “Regras não são regras”, comentou James Bloodworth.

O livro só será publicado a 1 de março, mas vários exemplos estão a ser citados na campanha de promoção da obra.

Nas instalações da Amazon, o ambiente é semelhante “ao de uma prisão”.

Tudo é controlado ao pormenor e não faltavam sequer as revistas, feitas por seguranças e não por uma autoridade.

“Poderia demorar 15 minutos para passar através dos detetores de metal”, revelou James Bloodworth.

Quinze minutos que, mesmo não sendo culpa do trabalhador, não contam para o horário de trabalho. Tal como não conta o tempo entre os armazéns e a cantina.

Na primeira vez que ouviu a sirene para o almoço, o jornalista foi surpreendido por um funcionário, que estranhou a demora na apresentação para a revista: “Mexe-te, não tenho a tarde toda”.

“Caso estivéssemos uns 30 segundos atrasados” no regresso ao posto de trabalho, os gerentes perguntavam de imediato “se tínhamos tido direito a uma hora de almoço maior”, acrescentou.

Nos armazéns da Amazon no Reino Unido trabalham cerca de 1200 pessoas.

O livro Hired: Six Months In Undercover Low-Wage Britain (que se pode traduzir como ‘Contratado: Seis meses infiltrado na Grã-bretanha dos baixos salários’) é publicado a 1 de março.

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