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O que fez o Lidl em relação ao salário mínimo? Tomou medidas

Lidl_9A partir do próximo mês, todos os funcionários do Lidl Portugal recebem um mínimo de 600 euros. O salário mais baixo pago pela multinacional aumenta em 2016.

A medida representa uma subida de 5,26 por cento e vigora a partir de 1 de janeiro de 2016.

Enquanto o Governo e a concertação social debatem a aplicação do aumento do salário mínimo e o modo como a medida se repercute nas empresas, o Lidl passou à ação. O salário mínimo sobe no próximo mês.

E não é um aumento qualquer: atinge o valor máximo previsto para a Legislatura pelo atual Governo: 600 euros.

Num comunicado, a cadeia de supermercados alemã destaca o facto de os valores mais baixos pagos a trabalhadores serem já, atualmente, “acima do ordenado mínimo nacional”.

“Com esta medida todos os colaboradores a tempo inteiro que auferiam do valor base de 570 euros passam a receber o novo valor de 600 euros”, realça a nota.

A opção por fazer subir os salários representam, para o Lidl, o reconhecimento de que os trabalhadores são o maior capital da marca.

“Os nossos recursos humanos são o nosso maior capital e queremos que saibam que podem contar com a empresa”, destaca Afroditi Pampa, presidente-executiva do Lidl Portugal.

O Lidl – que celebra o 20.º aniversário em Portugal – está “consolidar o crescimento” e reconhece que o sucesso alcançado é fruto das suas “extraordinárias equipas”.

“Esta medida é parte da forte política de responsabilidade social”, realça ainda a mesma empresa.

Refira-se que os salários pagos em solo luso pela marca de distribuição estão já “acima dos valores acordados nos contratos coletivos de trabalho negociados pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição”.

“A título de exemplo, o acordo coletivo prevê que o ordenado base de um vendedor de loja seja 530 euros. Um vendedor das lojas Lidl, no seu primeiro ano, recebe 570 euros”, faz ver a empresa.

Presente em 25 países, o Lidl é uma cadeia de distribuição que tem origem na Alemanha. Em Portugal, emprega 4800 pessoas, nas suas 240 lojas.

Destaque-se ainda que este aumento salarial surge numa altura em que o Governo discute com a concertação social a subida do salário mínimo.

A proposta do executivo de António Costa prevê uma subida gradual do valor mínimo já a partir do próximo ano, mas até 530 euros. Os 600 euros serão atingidos no final da Legislatura.

Esta medida, porém, tem merecido resistências por parte dos representantes das empresas em sede de concertação. Teme-se que a subida do salário possa gerar desemprego, sobretudo nas pequenas empresas.

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