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Legionella na Maia: DGS sabia do caso desde fevereiro, a Câmara não

 

Francisco George admitiu que a Direção-Geral de Saúde (DGS) sabia da existência de um caso de legionella desde fevereiro, enquanto a Câmara da Maia lamenta não ter sido informada.

O paciente, um trabalhador de uma unidade fabril, foi sinalizado pela DGS na última semana de fevereiro, com outros sete casos possíveis a aguardarem resultados.

A DGS refere que a situação está “controlada”, mas não revela se a fábrica em causa – que não foi identificada – ficou com a atividade suspensa ou continua a laborar.

“Todas as medidas foram tomadas para controlar o problema e prevenir novas ocorrências”, assegurou Francisco George: “Prosseguem os estudos em mais sete casos que foram diagnosticados nas últimas semanas”.

O diretor-geral de Saúde assegurou ainda que as medidas tomadas, em conjunto com a Inspeção-Geral do Ambiente, têm permitido “controlar a situação de cluster de doença dos legionários ocorrida numa empresa fabril da Maia”.

O presidente da autarquia é que não gostou de saber da existência de um caso da doença dos legionários pelos jornais.

“Acho grave que não avisem a Câmara. Não sabemos de nada”, lamentou Bragança Fernandes, em declarações à TSF.

“Devíamos ter sido alertados para acionarmos meios no sentido de salvaguardar a população. Deveríamos ter meios para podermos vigiar a zona – mas nem sabemos onde é – e proteger a população em causa”, frisou o presidente da Câmara da Maia.

“A Direção-Geral da Saúde não está, em termos técnicos, ao nível da Câmara Municipal de Saúde”, contrapôs Francisco George, quando a mesma rádio o confrontou com a indignação maiata: “A Direção Geral da Saúde informou, ao ter conhecimento, os ministros das respetivas tutelas. A relação com a Câmara Municipal não é diretamente com a DGS, tem a ver com as estruturas municipais e regionais de saúde pública”.

“Não posso estar a confirmar se a delegada de saúde contactou ou não os serviços municipais. O que posso assegurar é que ela conduziu o processo de uma forma absolutamente correta. A normalidade impunha que tivessem sido informados os responsáveis autárquicos da região”, concluiu Francisco George.

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