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Juiz do caso EPD sente-se “ofendido” pelos procuradores

Os procuradores Carlos Casimiro Nunes e Hugo Neto estão sob inquérito disciplinar porque Ivo Rosa, o juiz de instrução do caso EDP, se sentiu “ofendido na honra e respeito devido” aos magistrados.

Em causa, avança a revista Visão, está uma formulação que consta no recurso que os procuradores do Departamento Central de Investigação e Ação Penal apresentaram após o juiz proibir a verificação das contas bancárias e registos fiscais de dois arguidos, António Mexia (presidente da EDP) e João Manso Neto (presidente da EDP Renováveis).

“No mínimo”, sustentaram os procuradores, impõe-se que o juiz de instrução se “abstenha de intervir indevidamente naquilo que compete somente ao Ministério Público”.

Na opinião de Carlos Casimiro Nunes e Hugo Neto, Ivo Rosa prestou um favorecimento “injustificado aos arguidos”, que estão a ser investigados no âmbito das rendas pagas pelo Estado no setor elétrico.

O juiz de instrução não gostou das ” expressões manifestamente injustificadas e ofensivas da honra e do respeito devido aos juízes” e fez queixa junto da procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal.

Agora, o Ministério Público abriu um inquérito disciplinar aos dois procuradores.

António Mexia e João Manso Neto são, a par do ex-ministro Manuel Pinho, os arguidos mais mediáticos do caso EDP.

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