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José Veiga implicado em megacaso de corrupção na Suíça

O relatório de uma ONG sobre uma enorme teia de corrupção internacional envolve um português, José Veiga. O empresário, conhecido do público pelas ligações ao futebol, é apontado como um agente de ligação entre várias empresas suspeitas, refere a Public Eye, citada pelo Observador.

O caso envolve transferências relativas a negócios petrolíferos, movimentadas entre empresas com sede na Suíça (em especial a Gunvor), sociedades offshore, bancos e entidades públicas, sobretudo no Congo e na Rússia.

Entre essas transferências há várias realizadas através de contas bancárias no antigo BES e no Banco Internacional de Cabo Verde (que integrava o grupo do BES), cujo titular é José da Silva Veiga, aponta a Public Eye.

De acordo com a ONG suíça, o empresário português era um dos agentes de ligação entre outros ‘atores principais’.

“Veiga terá conseguido contratos que superam os 967 milhões de euros para o mapeamento geológico e mineiro do Congo Brazzaville, a realização de 4000 furos hidráulicos e a construção de 12 hospitais que terá levado à Asperbras a receber cerca de 500 milhões de euros do Ministério das Obras Públicas”, adianta o jornal Observador.

Só com esta operação, o empresário terá recebido cerca de 100 milhões de euros, através de uma conta num banco libanês com sede na… Suíça.

José Veiga foi detido a 3 de fevereiro de 2016, por suspeitas da alegada prática dos crimes de corrupção no comércio internacional, fraude fiscal e branqueamento de capitais.

O Observador refere que tentou obter um comentário de Rogério Alves, o advogado de José Veiga, mas sem sucesso até ao momento.

 

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