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José Milhazes: “Autarcas do PCP não estão livres da acusação de corrupção ou compadrio”

“A derrota autárquica do PCP tem outras explicações, nomeadamente o facto de os autarcas eleitos por este partido não serem todos ‘santinhos’ e não estarem livres da acusação de corrupção ou compadrio”, escreve o historiador e jornalista, num artigo de opinião publicado no Observador.

O historiador e jornalista José Milhazes assina um artigo de opinião em que arrasa o PCP, na figura do seu líder, Jerónimo de Sousa, mas também nos autarcas, depois de uma derrota histórica nas eleições de domingo.

Para o colunista do Observador, “a derrota autárquica do PCP tem outras explicações, nomeadamente o facto de os autarcas eleitos por este partido não serem todos ‘santinhos’ e não estarem livres da acusação de corrupção ou compadrio”.

Segundo defende, o PCP “não tem o direito de passar um certificado de ignorância ao número crescente de portugueses que não os querem ver no poder, nem mesmo nas autarquias”.

José Milhazes entende que Jerónimo de Sousa deveria ter colocado o lugar à disposição, tal como fez o líder do PSD, Pedro Passos Coelho.

Ao invés, Jerónimo falou numa “campanha sistemática de ataque anticomunista”.

E Milhazes pergunta: “Que terá aqui em vista Jerónimo de Sousa? Que posicionamentos e valores serão esses? São, por exemplo, o apoio a “ditaduras populares” como são a Coreia do Norte, Cuba ou a Venezuela, ou o aplauso de regimes corruptos como Angola? Estes posicionamentos não são os do Partido Comunista?”

“Trata-se de uma autêntica paranoia: os culpados da desgraça dos comunistas são sempre os outros”

O comentador de política externa da SIC e da RDP e colunista no Observador defende ainda que, caso o PCP se mantenha fiel ao marxismo-leninismo, seguirá a via do “suicídio político”. E termina com ironia: “Cada um tem o direito de escolher a corda com que se quer enforcar”.

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