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Jornalista da TVI acusada de suborno na reportagem sobre a IURD

Um dos visados na reportagem da TVI, sobre as adoções alegadamente ilegais, imputadas à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), em Portugal, apresentou uma queixa-crime contra Alexandra Borges, jornalista da TVI. Filipe Cardoso acusa a repórter de suborno. “O meu trabalho fala por mim”, reage a jornalista.

De acordo com essa queixa, Filipe Cardoso (hoje adulto e alegadamente retirado da mãe biológica e adotado por Cristiane Cardoso, filha do bispo da IURD, Edir Macedo) acusa a jornalista Alexandra Borges de duas tentativas de suborno: uma a si próprio, outra à sua mulher.

A queixa, entregue na 5.ª secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, foi aceite pelo Ministério Público (MP).

A defesa do jovem apresenta como provas algumas cópias de conversas telefónicas e mensagens alegadamente trocadas com a jornalista.

“O meu trabalho fala por mim”, reage a jornalista, em declarações à agência Lusa.

Os supostos crimes da IURD terão acontecido na década de 1990, com crianças levadas de um lar em Lisboa, que teria alimentado um esquema de adoções ilegais em benefício de famílias ligadas aquela igreja que moravam no Brasil e nos Estados Unidos.

‘O Segredo dos Deuses’, uma reportagem na TVI, aborda um “lar ilegal de crianças”, em Lisboa, que seria propriedade da IURD, “de onde desapareceram” vários menores, “roubados às mães”.

“As crianças eram entregues diretamente no lar, à margem dos tribunais, por famílias em dificuldades e acabavam no estrangeiro, adotadas, de forma irregular, por Bispos e Pastores da igreja”, adiantou a TVI, aquando do lançamento desta reportagem, da autoria de Alexandra Borges e Judite França.

As jornalistas da estação de Queluz descobriram as mães “a quem roubaram os filhos” e conseguiram um relato na primeira pessoa.

“As mães literalmente foram roubadas, relativamente aos filhos, porque não sabiam deles. Esta investigação só foi possível 20 anos depois. Algumas destas pessoas saíram da igreja [IURD], começaram a ver com distanciamento e guardaram documentação”, explicou Alexandra Borges.

A IURD sempre refutou as acusações de rapto e de um esquema de adoção ilegal e acusa a TVI de “uma campanha difamatória e mentirosa”. Também os filhos de al

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