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Jonathan Smith, o homem que salvou 30 pessoas do tiroteio em Las Vegas

Jonathan Smith viverá, provavelmente, o resto da sua vida com uma bala alojada no pescoço. Será apenas mais uma lembrança do ambiente devastador que este reparador de máquinas fotocopiadoras, de 30 anos, viveu no passado domingo em Las Vegas, no tiroteio que fez 59 mortos e mais de 500 feridos.

O “herói” de Las Vegas estava no festival de música country Route 91, no passado domingo, em Harvest, acompanhado pela família a celebrar o 43.º aniversário de um irmão, Louis Rust.

Jonathan concedeu uma entrevista ao Washington Post onde explica que, inicialmente, pensou tratar-se de um problema com o fogo de artifício, até que percebeu realmente o que estava a acontecer. Smith pegou nos familiares, pediu que dessem as mãos e desatassem a correr para tentar escapar ao tiroteio.

Os familiares conseguiram ‘perder-se’ entre a multidão, mas Jonathan ficou para trás a tentar ajudar quem ficou aterrorizado ao ponto de não conseguir reagir. Acabou por juntar algumas pessoas, que correram para fora do recinto, em direção ao aeroporto.

“Tirei algumas pessoas de lá”, começa por dizer. “Conseguíamos ouvir os tiros. Pareciam que vinham de todas as direções da ‘Las Vegas Boulevard’”, conta Smith ao Washington Post.

Entre as corridas e o tiroteio, Smith foi atingido no pescoço. Conseguiu dirigir-se para o hospital através de uma carrinha que naquele momento transportava algumas vítimas.

“Não conseguia sentir nada no pescoço. Apenas uma sensação de calor no braço”, contou assim que chegou ao Hospital Sunrise. Fraturou a clavícola, partiu uma costela e feriu um pulmão.

Entretanto, a família criou uma página destinada a doações, na esperança de angariar fundos que ajudem nas despesas médicas e de recuperação, a GoFundMe. O objetivo inicial era de sete mil dólares, mas o valor já ultrapassou os 65 mil.

O ato heróico de Smith tornou-o numa ‘figura pública’ das redes sociais, onde a sua imagem surge replicada vezes sem conta, com mensagens de agradecimento e a enalteceram a sua coragem.

“Eu não me vejo dessa forma”, explica. ” Ninguém merece perder a vida num festival de música country”, conclui Jonathan Smith.

 

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