Desporto

João Gobern estranha postura de Rui Santos na entrevista a Jesus

João Gobern,  jornalista e comentador benfiquista no Trio D’Ataque, da RTP3, criticou o modo como Rui Santos conduziu a entrevista a Jorge Jesus. A eleição, por parte da SIC, de Jesus como treinador do ano também mereceu críticas, com Marco Paulo a ser chamado ao mesmo raciocínio.

O comentário à entrevista do treinador do Sporting à SIC Notícias ficou marcado pelas críticas do jornalista João Gobern, que estranhou a escolha do Tempo Extra e também o modo como Rui Santos conduziu a conversa.

“Eu assisti àquele tempo de antena, ontem [anteontem], e estranhei que aquele tipo de entrevista – e a forma como foi conduzida – não passasse no canal do clube, porque seria com certeza mais apropriado”, começou por afirmar o comentador benfiquista.

“Eu nunca tinha visto um dos entrevistadores exclamar tantas vezes ‘exatamente!’, ‘precisamente!’ e ‘claro!’, sublinhando as palavras do entrevistado”, acrescentou, numa alusão à postura de Rui Santos.

Os elogios que Jesus recebeu não se compreendem, de acordo com o benfiquista, na medida em que Rui Vitória conseguiu números ainda melhores.

“Foi sublinhado, várias vezes, aquela coisa dos recordes, dos pontos… Fez não sei quantos pontos, foi a melhor época do Sporting, mais vitórias, mas esqueceu-se de dizer uma coisa: é que aquele moço, Rui Vitória, fez 88 pontos e bateu o recorde de José Mourinho”, salientou também João Gobern.

A entrevista foi chamada persistentemente de “tempo de antena” de Jorge Jesus. E a SIC foi ainda criticada pelos critérios da atribuição do título de treinador do ano, “naquele programa e também nos Globos de Ouro”.

“O Globo de Ouro de Mérito e Excelência, neste ano, foi atribuído a Marco Paulo. Portanto, eu não estranho que Jorge Jesus tenha sido o treinador do ano…”, disparou Gobern.

O comentador do Trio D’Ataque elegeu Rui Vitória como o seu treinador do ano, mas admitiu outras escolhas, por parte de outras pessoas, numa curta lista da qual não consta Jorge Jesus.

“Evidentemente que outros pensarão que o treinador do ano pode ser Lito Vidigal pelo que fez no Arouca, pode ser Petit pelo que fez no Tondela, pode ser Paulo Fonseca pelo que fez no Sporting de Braga. Estas hipóteses, para quem não privilegie os campeões, acho possíveis. Só vejo uma escolha possível, que é Rui Vitória”, concluiu.

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