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Joana Amaral Dias e a ambição do AG!R: “Queremos ser governo”

Joana Amaral Dias foi convidada do Clube dos Pensadores, para mais um debate, em Vila Nova de Gaia. Joaquim Jorge, fundador do clube, sublinhou que todas as correntes de opinião têm voz, nestes encontros de ideias.

Joana Amaral Dias abordou a sua saída do Bloco de Esquerda e relembrou uma frase de seu pai, Carlos Amaral Dias: “Só tu para seres rebelde até no Bloco de Esquerda”.

Agora, abraçou o movimento AG!R, que reúne pessoas de esquerda e direita, com carreira política, outras que nunca tinham participado na política, pessoas de todos os quadrantes.

O movimento apresenta-se às eleições legislativas consciente de que – no quadro atual, perante um cenário de eventual vitória (sem maioria) do PS – possa surgir a necessidade de acordos pós-eleitorais com António Costa.

Estará o movimento disponível para uma coligação, ou mesmo para acordos de incidência parlamentar? “Não”, responde Joana Amaral Dias, com firmeza. “Não quero ser muleta de ninguém!”, acrescenta.

Se for eleita deputada, privilegiará o combate aos “reais problemas do país”, tentará “unir as pessoas que estão a ser castigadas com a austeridade e que têm problemas comuns, como o desemprego”.

Amaral Dias sublinha que este movimento não se apresenta como o “partido dos indignados”. E mostra ambição:

“Queremos ser governo: construir a batalha e começar a casa com os alicerces e as fundações. Queremos disputar o poder e achamos que temos direitos para isso. Porque não podemos ser governo? Somos cidadãos como os outros”, defende.

O movimento pretende dar uma resposta às exigências dos cidadãos e estar atento a pessoas que precisam de soluções urgentes.

O movimento AG!R propõe-se combater a corrupção “sem tréguas”, sobretudo a “corrupção do próprio Estado”, como é exemplo o caso dos vistos gold, onde se “vendeu a bandeira portuguesa a quem quis lavar dinheiro e fechar as portas a quem vir trabalhar e produzir”.

“Com a carga fiscal asfixiante o que nos impede de fazer progredir o país, para pagar a divida que na maioria pertencem às parcerias público-privadas, queremos saber para que serve o nosso dinheiro”, diz Joana Amaral Dias.

Do ponto de vista deste movimento, o “poder económico tem que estar subordinado ao poder político. “A Economia tem que servir o cidadão e não o contrário”, defende Joana Amaral Dias, que advoga o “direito dos cidadãos escolherem o modelo económico que querem”.

Por outro lado, o AG!R quer acabar com o “abismo” entre cidadãos e a classe política”. “É preciso realizar referendos e criar legislação de iniciativa popular”, advoga, na defesa de uma democracia participativa em que os cidadãos não se afastam cada vez.

“Há um punhado de gente medíocre que se julga proprietária da democracia. É necessário mudar e tirar esse poder. Temos que arregaçar as mangas e por mãos à obra”, disse.

 

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