Mundo

Jardim Zoológico sueco admite ter matado nove leões bebés

Um jardim zoológico, na Suécia, admite ter matado nove leões bebés por não ter espaço suficiente, o que motivou agressões demasiado duras entre o grupo de animais. Nos últimos cinco anos, apenas dois de 13 crias sobreviveram.

O jardim zoológico Boras, na Suécia, admitiu que, desde 2012, foi obrigado a matar nove leões bebés por não ter espaço suficiente para todas as crias.

De acordo com Bo Kjellson, diretor executivo do zoo, existe por vezes a necessidade de sacrificar alguns animais, isto se eles forem rejeitados pelo próprio orgulho ou não poderem ser colocados noutros jardins zoológicos.

“Penso que tenham sido mortos dois anos depois [de nascerem]”, conta Kjellson à SVT, citado pelo The Independent.

“Na altura, nós tentámos vendê-los ou colocá-los em outros jardins zoológicos durante muito tempo, mas, infelizmente, ninguém os podia receber. Quando as agressões começaram a ficar maiores dentro do grupo, tivemos que retirar alguns animais, e tinham de ser eles”, explica.

O diretor ressalva, contudo, que a prática não é realizada “em segredo”, nem que o zoo tenha tentado “esconder que trabalha desta forma”. “Infelizmente, é o caminho natural para grupos de leões”, refere.

Bo Kjellson considera que não era possível determinar, com certeza, o que aconteceria aos outros leões.

“Veremos, no futuro. Para já o grupo funciona bem, mas alguns deles podem tornar-se ‘excedentários’ [ao grupo] e teremos que os tentar colocar em algum sítio”, esclarece. “Podemos ter que matá-los”, acrescenta.

Dos 13 leões nascidos, divididos em três ninhadas, apenas dois sobreviveram aos últimos cinco anos. Dois deles morreram de causas naturais, enquanto os outros foram mortos.

“É claro que isto é o contrário da perceção que as pessoas têm de um zoo”, explica Helena Pederson, investigadora em estudos animais.

Em declarações à estação televisiva SVT, citada pelo The Independent, a investigadora alerta para uma consciencialização do problema.

“Matar animais faz parte da organização. Penso que isso aborrece. Acho que temos que contemplar a importância dos jardins zoológicos para nós, e se é justo os animais pagarem este preço”, sublinhou.

Em destaque

Subir