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Jardel suspenso do cargo de deputado por suspeitas de corrupção

deputado jardelDepois de voar sobre os centrais, Jardel trocou a atividade de goleador pelo serviço público. O agora deputado na Assembleia Estadual do Rio Grande do Sul foi suspenso por 180 dias devido às suspeitas de corrupção, peculato, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

De acordo com o Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul, o antigo jogador do FC Porto e do Sporting está inibido de exercer funções públicas pelo período de 180 dias.

De acordo com a investigação, hoje revelada pelo MP, o deputado do PSD (Partido Social Democrático; o português é Partido Social Democrata) exigia que os assessores lhe pagassem uma comissão de 3000 reais por mês.

O esquema terá sido denunciado por um antigo assessor, que deu ainda a conhecer o código com que Jardel falava sobre a comissão: “comprar camisas”

O dinheiro das comissões seria depois entregue à mãe e ao irmão do ex-goleador.

Durante as buscas realizadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que foram acompanhadas pelo Zero Hora e pela TV Globo, foi apreendida cocaína, para além de documentos e dos telemóveis do deputado e da esposa.

As investigações, salientou o MP, “demonstram o exagerado apego do deputado estadual Mário Jardel Almeida Ribeiro a toda e qualquer possibilidade de lucrar às custas dos servidores comissionados e, de modo indireto, do erário”.

Para além das comissões, o ex-jogador terá ainda lesado as contas públicas com uma “indústria de produção de fraudes”, segundo o MP.

Quando viajava em serviço, Jardel levava um assessor, mas cobrava as diárias de outros assessores como se estes também fossem. Só ia um carro, mas nas despesas apareciam as contas de duas viaturas. E, mesmo que o trabalho terminasse mais cedo, cobrava os últimos dias como se tivesse ficado por lá.

O MP ia pedir a prisão preventiva, mas, como os crimes imputados não permitem (no quadro legal brasileiro) a fiança, Mário Jardel acabou por ser inibido de exercer o cargo.

A operação das autoridades teve o nome de ‘Gol Contra’, que em Portugal seria ‘Autogolo’.

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