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Japão: Absolvida uma das autoras do atentado no metro de 1995

A absolvição de Naoko Kikuchi, um dos elementos da seita Verdade Suprema, que atacou com gás sarin o metro de Tóquio em 1995, foi hoje confirmada pelo Tribunal Supremo do Japão.

A mulher tinha sido condenada pela colaboração num incidente que decorreu dois meses após o ataque. Foi Naoko Kikuchi quem enviou um pacote com explosivos para o edifício do Governo Metropolitano de Tóquio.

Acusada de ter estado envolvida na preparação do ataque com gás sarin, Naoko Kikuchi esteve 17 anos em fuga, tendo sido capturada em 2012.

A arguida reclamou sempre inocência, admitindo ter participado no fabrico do gás, mas insistindo que desconhecia qual seria o uso do químico.

Condenada a cinco anos de prisão por tentativa de homicídio (no caso do pacote com explosivos), a mulher foi absolvida em 2015, quando o Tribunal Superior de Tóquio entendeu que o testemunho de outros membros da seita não era credível.

Essa absolvição foi hoje confirmada pelo Tribunal Supremo do Japão.

Se a Procuradoria-geral não apresentar objeção, a absolvição produz efeitos imediatos.

Na justiça nipónica continua a decorrer o recurso apresentado por Katsuya Takahashi, o líder da Verdade Supremo.

Takahashi, de 59 anos, foi condenado a prisão perpétua pelo atentado de 20 de março de 1995, que provocou 13 mortos e mais de 5500 intoxicados.

Foi o ataque terrorista mais mortífero no Japão.

Da explosão do pacote enviado para o edifício do Governo Metropolitano de Tóquio (com o intuito de bloquear a investigação sobre a seita) resultou um ferido grave.

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