Um dos elementos essenciais para zelar que as corridas do campeonato do mundo de carros de turismo (WTCC) sejam disputadas com o máximo de segurança é Jaime Correia. O português é o condutor do ‘Safety car’ desde 2009, e sabe muito bem o seu papel, lembrando-se muito bem quando surgiu a oportunidade para o desempenhar: “Depois de um incidente em Pau causado pelo condutor do ‘safety car’”, recorda.

“Tive uma carreira como piloto – o meu pai comprou-me o meu primeiro kart depois de eu ter tido um grande acidente de moto e ter fraturado umas vértebras. Comecei a correr em carros como ‘hobby’ aos 16 anos”, lembra Jaime Correia.

Só tardiamente, aos 37 anos, surgiu a possibilidade de guiar o ‘safety car’ no WTCC, um trabalho que leva muito a sério. “As corridas estão-nos no sangue e esta é uma forma de estar envolvido sentindo-me condutor mas em circunstâncias diferentes”, assume.

“Guiar o ‘safety car’ é um trabalho de grande responsabilidade. Represento duas grandes organizações e se é um prazer nesta posição é também um dever. Contudo tento sempre fazer algumas corridas com alguma descontração. Como se pode imaginar é um pouco aborrecido estar a ver os outros a correr e eu não”, refere Jaime Correia.

O português que guia o ‘safety car’ também admite que na sua função há alguma pressão: “Um piloto de corrida pode cometer erros e no fim-de-semana seguinte tudo correr bem. Estando no safety car não há espaço para erros. Mais uma vez digo que tenho um papel de grande responsabilidade em frente de milhões de pessoas que vêm as corridas pela televisão”.

Claro que em Vila Real Jaime Correia sente o evento de forma algo peculiar: “Há grandes fãs de desporto automóvel em Portugal e temos um piloto fantástico em Tiago Monteiro, que é da região onde decorre a corrida. Vão estar muitos entusiastas e é uma altura agradável porque as férias escolares também já começaram e o tempo é muito bom. Estou certo que a pista vai ser um sucesso, mesmo se nunca lá guiei antes”.