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“Já só se pede que a criatura deixe Belém”, desabafa Paulo Querido

O jornalista Paulo Querido, um dos mais influentes nas redes sociais, criticou a decisão do Presidente em questionar a “estabilidade e durabilidade” de um eventual Governo socialista. “Se não fôssemos um país de brandos costumes e elevada incultura cívica”, acrescentou, “Cavaco não gozaria de tanta contemporização”.

Paulo Querido, um dos primeiros jornalistas ‘virais’ em Portugal, não hesitou em classificar o antigo líder do PSD como “criatura”.

“Se não fôssemos um país de brandos costumes e elevada incultura cívica, Cavaco não gozaria de tanta contemporização. Já só se pede que o tempo passe depressa para nós e a criatura deixe Belém”, escreveu o jornalista e editor do Expresso, no Facebook.

As críticas de Paulo Querido são baseadas na incoerência de indigitar um primeiro-ministro (Passos Coelho) sem apoio de uma maioria parlamentar e adiar a provável indigitação de outro (António Costa) que tem, desde a semana que se seguiu às eleições, o apoio de uma maioria parlamentar na Assembleia da República (AR).

“Um homem que indigita de caras, sem sequer pestanejar e muito menos inquirir, um governo minoritário que sabia que não tinha condições sequer de passar na AR, quanto mais ter ‘estabilidade’ e ‘durabilidade’, que passa um mês a rabiar, a assobiar para o lado, a bazofiar, a mandar ir a Belém um cortejo de figuras sinistras ou barrocas (a Associação das Empresas Familiares, a sério?), e que tem a distinta lata de colocar em causa a proposta de um governo com um sólida e solenemente comprometida maioria parlamentar, e, finalmente, que coloca condições para empossar esse governo?”

“Andamos todos a contemporizar”, lamentou o jornalista: “Este homem pode ter sido o vencedor das eleições todas — agora simplesmente não é nem sério, nem democrata, nem respeitador das instituições. Invoque a direita o que quiser do passado dele (nem vou dizer o quanto o acho duvidoso): o mal que fez a Portugal este ano e em particular no último mês vai ficar colado à figura e — infelizmente — à política portuguesa”.

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