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IURD reage aos alegados raptos de crianças em Portugal

A IURD desmente ilegalidades em processos de adoção de crianças portuguesas, retiradas das respetivas famílias sem o consentimento destas, segundo avança a reportagem ‘O Segredo dos Deuses’, da TVI. Veja aqui o primeiro capítulo deste trabalho de investigação das jornalistas Alexandra Borges e Judite França.

Uma reportagem que a TVI está a emitir, todos os dias, em 10 capítulos, dá conta de alegadas ilegalidades cometidas pela Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), na década de 90.

Em causa, e segundo a estação de Queluz, processos de adoção que não cumprem a lei e que constituem, em alguns casos, raptos de menores – transportados para o estrangeiro sem o consentimento dos pais.

A reportagem ‘O Segredo dos Deus’, aborda um esquema de “adoções ilegais de crianças”, a partir de um lar ilegal, de onde terão desaparecido “vários menores roubados às suas mães”, avança aquela estação.

“É algo de muito grave. Trata-se de uma rede internacional de adoções ilegais, em que as crianças sociais eram entregues pela própria Segurança Social, por tribunais portugueses, ou pelas próprias mães, num lar ilegal de onde eram escolhidas mediante fotografias e desvinculadas da sua família biológica com mentiras e esquemas, ilegais”, salienta a jornalista Judite França, coautora, com Alexandra Borges, da reportagem.

“As crianças desapareceram e eram entregues a bispos e pastores da IURD e serem criados no meio daquela pessoa coletiva (…) As mães iam visitar os filhos e foram forçadas a desvincular-se dos filhos ”

À época, os pastores da IURD defendiam a adoção, por parte de bispos que fizessem parte daquela igreja, mesmo que pudessem ter filhos. Algumas crianças de famílias em dificuldade terão sido colocadas em instituições e posteriormente entregues a membros daquela igreja.

A Segurança Social, “tomando conhecimento dos factos descritos, apresentou, no dia 06/12/2017, uma participação ao Ministério Público/Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa, entidade competente nesta matéria”, explica fonte em resposta enviada à agência Lusa.

Entretanto, e num comunicado, a IURD garante que todas as adoções cumpriram os requisitos legais. E nesse sentido vai avançar com uma queixa contra a TVI.

“Os membros da IURD em Portugal e fora do país apresentarão ações contra a TVI em Portugal e no estrangeiro”.

Veja aqui o primeiro episódio desta reportagem.

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