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E se a igreja adotar celebrações online? Na Escócia, pode ser realidade

Para reagir à crescente perda de fiéis, a assembleia geral da Igreja Nacional da Escócia coloca a hipótese de passar a transmitir cerimónias como batizados ou missas através da Internet.

A Igreja Nacional da Escócia pode avançar para a transmissão de cerimónias pela Internet. A medida, que inclui missas e batizados, foi debatida em assembleia geral e já gerou reações negativas. No entanto, já está em curso a implicação da tecnologia na teologia.

A medida gera polémica, mas tem sido alvo de estudo e durante os próximos dois anos poderá ser aplicada.

O objetivo é combater um crescente afastamento dos crentes. A Igreja Nacional da Escócia perdeu, nos últimos 10 anos, cerca de um terço dos membros, o que preocupa os responsáveis.

“Vivemos numa época em que algumas das regras antigas estão a tornar-se rapidamente desfasadas da realidade. Nesse sentido, acreditamos que está na altura de a Igreja realizar uma profunda análise às suas práticas. E a utilização de novas tecnologias poderá ter um impacto positivo”, destaca um comunicado da igreja escocesa, divulgado no jornal The News and Observer.

As ferramentas online podem servir de plataforma para uma ligação à Igreja, mesmo em sacramentos”. A igreja escocesa prevê a ausência física na congregação.

O vice-presidente do Conselho de Missão e Discipulado, Norman Smith, admite que existe a necessidade de “uma discussão profunda” sobre esta temática e as implicações da tecnologia com a teologia.

“Há muitos cristãos que praticam a sua fé fora dos templos. E avançar com medidas desta natureza seria um sinal claro de que “a Igreja não ficou parada no tempo”, segundo defende Smith.

A ideia não gera consenso, o que não surpreende. “Ridículo” é a palavra que mais se ouve de quem se opõe, por exemplo, a um batismo ou um casamento online.

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