Durante três anos, um chinês viveu num hospital de Pequim, após ter recebido alta. Quando a polícia o foi expulsar, acorrentou-se à cama. Agora, um tribunal vai decidir se está saudável, como dizem os médicos, ou se sofre de dores nas pernas, como se queixa o ‘despejado’.

Durante três anos, um homem de 55 anos, identificado apenas pelo apelido Chen, viveu num hospital de Pequim, onde deu entrada em agosto de 2011 após um acidente de viação.

O homem foi expulso pela administração da unidade, mas teve de ser removido à força pela polícia. Quando os agentes entraram no quarto, munidos de uma ordem judicial para o ‘despejo’, constataram que Chen se tinha acorrentado à cama.

O paciente recebeu alta em janeiro de 2012, após uma trombose (dois meses após o acidente de viação), mas continuou a queixar-se de dores na perna e a afirmar que o hospital tinha “a responsabilidade de tomar conta” dele.

Após Chen ter deixado de pagar as despesas clínicas, em julho desse ano, a administração do hospital avançou para os tribunais, demandando a expulsão do ‘paciente saudável’.

O processo arrastou-se durante três anos e os testes entretanto realizados confirmaram que Chen não tinha qualquer problema de saúde que justificasse o internamento hospitalar.

Em meados deste mês, um tribunal emitiu a tão desejada ‘ordem de despejo’, que só foi cumprida depois da polícia ter cortado as correntes com que Chen se tinha feito prender à cama.