Há mais uma polémica com uma taróloga da SIC
Depois de ter afastado uma taróloga que aconselhou uma vítima de violência doméstica a mimar o marido, a SIC deu ‘tempo de antena’ a outra taróloga que se propõe a dar apoio judicial a quem andar a “fazer a folha”.
As tarólogas não andam com vida fácil. E por culpa própria. Ou porque não sabem lidar com os problemas, ou porque não sabem em que áreas podem atuar.
Primeiro, uma taróloga aconselhou uma vítima de violência doméstica a “mimar” o marido, autor de alegadas agressões. A SIC decidiu afastá-la.
Mas a estação de Carnaxide enfrenta agora outro problema relacionado com outra taróloga, segundo adianta o Público. Trata-se de Maria Helena, que oferece… apoio judicial.
“Você tem amigos que lhe andam a querer fazer a folha? Você, que tem um problema em tribunal, não se quer defender? Então vá, ligue pra mim”, incitou a taróloga Maria Helena, durante programa de quinta-feira.
O caso suscita dúvidas do foro criminal, uma vez que, não sendo advogada nem solicitadora, uma taróloga não pode praticar este tipo de atos.
Em declarações ao Público, a bastonária da Ordem dos Advogados, Elina Fraga, desvaloriza. “Deitar as cartas não é um ato próprio de um advogado”, afirma, acrescentando que a taróloga Maria Helena “não vai poder representar ninguém em tribunal”.
No entanto, critica quem se aproveita “da vulnerabilidade das pessoas mais fracas ou desesperadas”. E acha “deplorável” a promessa de resolução de problemas judiciais através das cartas.
Em declarações ao mesmo jornal, o presidente do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados, António Jaime Martins, brinca com o assunto.
“Agora até os tarólogos nos fazem concorrência!”, diz.
Este serviço é apelidado por Jaime Martins de “patetice aguda”. A SIC, ainda de acordo com o Público, remete-se ao silêncio.
