Mundo

Há dez anos que a poluição em Paris não atingia níveis tão perigosos para a saúde

A poluição em Paris continua a registar níveis históricos, que já há dez anos não se verificavam. As autoridades tiveram de impor medidas drásticas, como a circulação alternada dos automóveis.

O pico de poluição atmosférica invernal na capital francesa teve consequências para a saúde das pessoas, que apresentaram sintomas como dores de cabeça e desconforto ocular.

Segundo o Airparif, o organismo parisiense de monitorização da qualidade do ar, foi o episódio de poluição invernal mais intenso e longo em pelo menos uma década.

As atividades escolares ao ar livre foram proibidas e a circulação rodoviária foi alternada, uma medida drástica que as autoridades ativaram pela quarta vez em 20 anos: e foi o segundo dia consecutivo.

Entre as 05h30 e as 00h00, a circulação só é permitida a veículos com matrícula impar, bem como para as pessoas que partilham carros ou beneficiam de uma derrogação.

Para aliviar a situação, os transportes públicos são gratuitos.

O pico de poluição deve-se a um aumento das emissões de partículas, relacionadas com aquecimentos que usam lenha e tráfego automóvel, conjugados com condições meteorológicas favoráveis à sua manutenção junto ao solo, como pouco vento e contraste de temperaturas.

De acordo com o alerta do Airparif, o alerta de poluição por partículas (a partir de 80 microgramas por metro cúbico de partículas finas no ar) foi ultrapassado há uma semana, na área de Paris, devendo assim manter-se até amanhã.

paris-poluicaoDepois do máximo de 146 alcançado na quinta-feira, o nível do alerta era de 91 microgramas por metro cúbico.

As partículas finas são particularmente nocivas para a saúde, podendo estar na origem de cancros, asma, alergias, doenças respiratórias ou cardiovasculares.

O pico de poluição atinge também outras regiões, como o vale do Ródano e a capital regional de Lyon.

Em destaque

Subir