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Guantánamo é para fechar. “De uma vez por todas”, garante Obama (vídeo)

Barack Obama recusa-se a deixar a Casa Branca sem ter encerrado a prisão de Guantánamo. O Presidente norte-americano apresentou um plano para cumprir o objetivo “de uma vez por todas” e ‘realojar’ os 91 detidos. “É o fim de um capítulo da história dos Estados Unidos”, salientou.

“Não quero deixar este problema ao próximo Presidente”, admitiu Obama, que se mostrou “absolutamente determinado” na missão de “encerrar de uma vez por todas” a prisão de Guantánamo, na ilha de Cuba.

“Manter esta prisão contraria os nossos valores e prejudica a nossa posição global”, sustentou o Presidente, lembrando que o antecessor, George W. Bush, também defendia o encerramento de Guantánamo: “Um dos meus primeiros atos como Presidente foi tentar fechá-la. Não era apenas eu que queria fechá-la, não era uma visão da esquerda radical, havia apoio bipartidário”.

O problema é que esse apoio de 2008 foi-se esboroando com o tempo: “Infelizmente, durante este período, o apoio bipartidário tornou-se um problema partidário. De repente, muitos dos que defendiam o encerramento voltaram atrás, porque estavam preocupados com a política”.

Guantánamo “não está a funcionar como previsto”, insistiu Obama, pelo que “é necessário mudar de caminho”, em especial desde que passou a ser um ativo “contraproducente no combate ao terrorismo” e a prisão “tem sido usada como propaganda” pelas forças terroristas.

No complexo estão ainda 91 detidos, a maioria dos quais será transferida para outras prisões (civis e militares) nos EUA. Em curso estão as transferências de 35 detidos (suspeitos de terrorismo) para os países de origem, “de forma segura e responsável”, segundo o Presidente norte-americano.

A nível económico, o encerramento de Guantánamo trará uma poupança anual de 85 milhões de dólares (mais de 76 milhões de euros). Atualmente, a prisão exige ao Orçamento de Estado mais de 450 milhões de dólares por ano.

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