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General dos casos polémicos sai de cena (com vídeo)

Acabou a vida militar de Pina Monteiro, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) que esteve associado a várias polémicas, como as mortes no curso dos comandos, o assalto aos paióis de Tancos e a corrupção nas messes.

O general passou hoje à reforma, numa cerimónia presidida pelo comandante supremo das Forças Armadas de Portugal, o Presidente da República, no Palácio de Belém.

“A ação de vossa excelência foi primordial para a consecução de processos críticos para a Defesa Nacional, como a fusão dos hospitais militares, a reforma do ensino militar e a consolidação da transferência do comando conjunto para as operações militares”, elogiou Marcelo Rebelo de Sousa.

Em homenagem à “dedicação” numa carreira de quase meio século (47 anos) ao serviço das Forças Armadas, o chefe de Estado condecorou Pina Monteiro com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo.

Na hora da despedida, o general elogiou o atual Governo, deixando mesmo uma “palavra especial” a Azeredo Lopes, o ministro da Defesa, pelo “permanente e sempre leal relacionamento”.

E foi precisamente com Azeredo Lopes que Pina Monteiro se viu envolvido numa das maiores polémicas do mandato: o roubo de material de guerra dos paióis do Exército, em Tancos.

O mandato do agora ex-CEMGFA ficou também manchado pelas duas mortes no curso de comandos (Hugo Abreu e Dylan da Silva Araújo) e o processo de corrupção nas messes da Força Aérea, que prossegue em tribunal com 40 militares entre os 68 arguidos.

Foram alguns dos “momentos marcantes” vividos pelo general Pina Monteiro à frente das Forças Armadas, “uns de sucesso, outros de dificuldade”.

Ramalho Eanes, o primeiro Presidente da República após o 25 de Abril, marcou presença na cerimónia, na qualidade de general.

Veja o vídeo divulgado pela Presidência da República.

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